A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) divulgou que cerca de 600 alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da instituição serão jubilados no final deste semestre.
A punição, divulgada como irreversível, se baseia no regimento geral da USP, no qual consta o cancelamento da matrícula (jubilamento) daqueles que não conseguiram completar nenhum crédito por 2 semestres seguidos, salvo em caso de trancamento.
“Sabemos que, em plena pandemia, muitos de nossos estudantes não tiveram acesso aos meios eletrônicos necessários nem ao espaço físico adequado e muito menos saúde mental para elaborar a apresentação de seus trabalhos de conclusão de disciplinas ou cursos na totalidade —ou na qualidade necessária para conquista de créditos”, afirmou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da FFLCH em carta aberta.
A burguesia utilizou a paralisação do movimento estudantil e da esquerda como um todo durante a pandemia para avançar com seus ataques contra o povo brasileiro. A política de jubilamentos é ainda mais uma medida repressiva contra a juventude, que tem como único propósito limitar, ainda mais, o acesso às universidades e instituições públicas de ensino.
É imprescindível que a juventude de todo o País se mobilize contra absolutamente todos os jubilamentos que ocorreram, e ocorrem, durante a pandemia. A única alternativa aos ataques da burguesia é a organização em torno de pautas como o Fora Bolsonaro e o Lula Presidente. Nesse sentido, a formação de Comitês de Luta estudantis está mais do que na ordem do dia e deve ser defendida nas ruas.