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Imperialismo

“Estamos resistindo a uma ‘pandemia de neocolonialismo’”

Ministro do Exterior da Nicarágua, Denis Moncada, explica as razões pelas quais seu país deixou a OTAN.

denis moncada

O ministro das relações exteriores nicaraguense, Denis Moncada, concedeu uma entrevista a Benjamin Norton do sítio The Grayzone, (leia em espanhol) da qual faremos aqui um apanhado geral destacando as principais ideias, inclusive a decisão histórica da Nicarágua, anunciada em 19 de novembro, de se retirar da OEA (Organização dos Estados Americanos), que já havia sido rebatizada por Fidel Castro com sua definição mais exata de ‘Ministério das Colônias Ianques’.

Denis Monca afirma que tal decisão diz respeito à dignidade do povo nicaraguense, à dignidade do governo de reconstrução e do governo Ortega. Explica que estão abertos a relações bilaterais e multilaterais, mas que não aceitarão ingerências ou intervencionismo.

A OEA foi desenhada, criada justamente pelos Estados Unidos como forma de impor suas decisões políticas, o que é definido pela política da Doutrina Monroe”.

No que diz respeito à OEA, este deveria ser um órgão independente que pudesse mediar a segurança e os interesses dos países das Américas e Caribe, tratando a todos como um único bloco. No entanto, o simples fato de sua sede ser em Washington, capital dos Estados Unidos, a algumas quadras da Casa Branca e do Departamento de Estado, mostra-nos a realidade da situação.

Apesar de em seu estatuto se dizer contra a interferência em assuntos internos dos países-membros, na prática, na vida real, o que vemos é o oposto. A OEA, por exemplo, participou ativamente para tirar Evo Morales do poder. Publicou um falso relatório afirmando ter havido fraude nas eleições bolivianas, e ajudou a desencadear um golpe brutal no qual se presenciaram cenas de verdadeira barbárie e atentado contra os direitos humanos. Podemos citar também o caso de Juan Guaidó, que nunca ganhou um único voto para ser presidente, e mesmo ‘representa’ a Venezuela junto a OEA.

Os Estados Unidos ordenam que a OEA aja. E a OEA, já vimos exatamente como agiu para desestabilizar a Bolívia e provocar a derrubada do presidente Evo Morales, de forma tão injusta, arbitrária, bárbara, selvagem.”

Conforme este Diário vem noticiando, o imperialismo passa por uma intensa decomposição. Sua derrota no Afeganistão é um ponto de inflexão na política internacional. Atualmente, 25% da população mundial vive em países sancionados pelos EUA e UE. Com a debilidade flagrante dos EUA em ‘manter a ordem’, países historicamente oprimidos estão se juntando e tentando se organizar para juntos enfrentarem a agressividade imperialista.

A Nicarágua integra um grupo denominado na ONU denominado Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas, integrado também por Venezuela, Cuba, China, Rússia, Palestina, Irã, Eritreia, dentre vários países. Esse grupo defende reformas na ONU e a observação dos princípios contidos em sua carta que segundo ele permitem a coexistência pacífica, o respeito entre os Estados, alcançar e fortalecer a paz etc. O país participa também da CELAC, Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe, que vem se conformando como uma alternativa à OEA, e que recentemente se reuniu na cidade do México. Canadá e EUA não participam da CELAC.

Golpes e ingerências servem para barrar o crescimento dos países, que se distribuam as riquezas internamente, e assim os recursos são desviados para os países imperialistas, deixando as populações na miséria. O ponto central da tensão entre EUA e Nicarágua, como explicita Denis Moncada, é o canal interoceânico da Nicarágua, que deverá ser construído em parceria com a China e rivalizará com o Canal do Panamá. O Panamá e o Canal, como sabemos, está sob controle americano. O canal nicaraguense rivalizará com o panamenho e terá a vantagem de encurtar distâncias e economizar combustível, o quer tornará o comércio marítimo mais eficiente. Porém, os EUA não querem permitir que tal recurso não esteja sob suas garras. Se aqui no Brasil houve financiamento estrangeiro para movimentos como o Não Vai Ter Copa, na Nicarágua também houve financiamento para manifestações anti-canal interoceânico. Já vimos esse filme, é um dos modus operandi do imperialismo.

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