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Miséria e fome

Em todo o mundo, 220 milhões permanecerão desempregadas até 2023

Diante da situação de caos no mundo, os capitalistas não conseguem sequer manter a ração dos trabalhadores

Em previsões ultra conservadoras do órgão imperialista, o Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de que mais de 220 milhões de trabalhadores não terão nenhuma garantia de que terão emprego até pelo menos 2023.

Segundo o órgão imperialista, a agência das Nações Unidas prevê que o número de desempregados deve cair a 205 milhões no próximo ano. O número corresponde a 18 milhões a mais do que os 187 milhões registrados em 2019, ou seja, antes dos estragos causados com a crise do coronavírus. No entanto, os números não batem pois o artigo da Reuters da última quarta-feira (02) pelo menos 220 milhões de pessoas devem permanecer desempregadas em todo o mundo este ano, bem acima dos níveis pré-pandemia, com a fraca recuperação do mercado de trabalho agravando as desigualdades existentes e não há nenhum indicio de que, com a crise se aprofundando como está ocorrendo, a recuperação que a OIT é tão falaciosa, como dizer que daqui a um mês não haverá mais pandemia.

No entanto, conforme explicita Stefan Kuehn, economista da organização e principal autor do relatório, em sua avaliação de que, isso equivale a uma taxa de desemprego global de 6,3% neste ano, caindo para 5,7% no próximo, mas ainda acima da taxa pré-pandemia de 5,4% em 2019.

“O crescimento do emprego será insuficiente para compensar as perdas sofridas até pelo menos 2023”, disse a OIT no relatório Perspectiva Social e de Emprego Mundial: Tendências 2021.

O economista diz ainda que o verdadeiro impacto no mercado de trabalho é ainda maior quando a redução da jornada de trabalho imposta a muitos trabalhadores e outros fatores são contabilizados.

Ele faz uma comparação com o mercado de trabalho nos países imperialistas, tomando como base os EUA e Europa, para Stefan Kuehn “o desemprego não capta o impacto no mercado de trabalho”, enquanto nos Estados Unidos as contratações foram retomadas após perdas massivas de empregos, muitos trabalhadores em outros lugares, especialmente na Europa, permaneceram em esquemas de horário reduzido.

O outro lado da história

Ao não citar uma gama de países, os chamados atrasados, a exemplo do Brasil não há como vislumbrar qualquer perspectiva de que podem ser minimamente o espelho da realidade. No Brasil, onde o governo golpista do fascista Bolsonaro vem, descaradamente, manipulando todo e qualquer dado, no que se refere à situação de desemprego, entre outros dados estatísticos, insiste em dizer que o desemprego vem diminuindo, ou seja, além do cinismo, também é falacioso.

O governo que é capaz de fingir que não há pandemia no país apesar de meio milhão de corpos estarem enterrados nos cemitérios espalhados pelo país afora, devido ao contágio do coronavírus, utiliza essa metodologia genocida em tudo que envolve a população pobre. O desemprego, nesse caso segue ipsis litteris a mesma cartilha e afirma que a taxa no país está estabilizada em 14,7% no último trimestre e que apenas 14,8 milhões de brasileiros estão desempregados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no entanto a farsa e mostrada, mesmo com números manipulados, a analista da pesquisa Adriana Beringuy mostra que, apenas 48,4% ainda estão se mantendo no emprego, o que reflete na situação de miséria que está vivendo mais de 117 milhões de brasileiros que estão em situação de pobreza, o que o governo faz questão de esconder a sete chaves.

A analista procura justificar o injustificável, dizendo que: “esse aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”.

O IBGE, órgão governamental que elabora esses dados, esqueceu que estamos no meio do ano e nada foi recuperado de emprego, ignora inclusive que um enorme contingente de trabalhadores de setores, cujo emprego não tem nada a ver com os empregos temporários de final de ano, que por sinal foi bem reduzido, a exemplo dos metalúrgicos e várias outras categorias e continuam demitindo e até fechando fábricas.

A Ford fechou suas portas em todas as suas fábricas no Brasil, demitindo mais de 120 mil trabalhadores, a Mercedes Benz de Minas Gerais fez a mesma coisa, no final de março e início de abril, oito montadoras dispensaram seus funcionários, dentre elas estavam a Volkswagen, Mercedes Benz, Toyota, GM, Nissan, Volvo e Scania. Várias dessas montadoras acabaram aumentando o período para que os trabalhadores retornassem ao trabalho, concedendo-lhes férias coletivas, e não para por aí, várias autopeças acabaram fechando as portas, bem como vários outros setores industriais, comerciais e de serviços, como a Yoki, enfim.

O que está ocorrendo é demonstração mais pura de que o capitalismo não tem mais condições de garantir a sobrevivência dos trabalhadores.

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