A partir deste domingo (21), em meio a uma pandemia que esmaga a classe trabalhadora, a prefeitura de Belo Horizonte (MG), comandada pelo golpista Alexandre Kalil (PSD), decidiu aumentar a passagem unitária para o metrô para o valor de R $4,50. A mudança em forma de ataque frontal aos trabalhadores foi anunciada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no sábado (20).
Esse já é o sétimo reajuste na passagem do metrô em menos de dois anos, sendo que o último deles, no início de março, elevou o mesmo para R $4,25. Na última quinta-feira (18), a CBTU, frente a pressão de alguns setores, chegou a informar que estava analisando a situação até o dia 17 de abril. Em nota, a CBTU afirmou que, em uma reunião realizada nesta sexta-feira (19), “muito embora os órgãos de gestão da empresa estivessem sensíveis à situação, não foi possível acatar o pedido de adiamento”.
Relembrando os aumentos passados, tivemos em 5 de maio de 2019 um valor de R$ 2,40; em 7 de julho, R$ 2,90; em 8 de setembro R$ 3,40; 3 de novembro R$ 3,70; já em 5 de janeiro de 2020, R$ 4,00; e em 8 de março R$ 4,25.
A explicação é clara. Sendo comanda por um governo municipal de uma direita golpista, que, neste momento ataca os trabalhadores como culpados do aumento de casos da pandemia, não seria diferente. Este cidadão, é um dos muitos comandantes de cargos públicos, que, frente ao pico de contágio da pandemia, reabriu o comércio, as fábricas lotadas, transportes lotados, campanhas eleitorais liberadas, e, agora, joga toda a culpa na suposta “ignorância” do povo que decidiu fazer festas irregulares.
Vale lembrar que o último pleito mostrou que, ao menos, cinco prefeitos de capitais foram reeleitos pelo “baixos números de mortos pelo coronavírus”, em uma franca campanha demagógica da burguesia golpista, que fez comícios, escondeu, falsificou os números de contágios e mortes e agora ataca o povo.