Está chegando hoje aos militantes e assinantes do jornal mais tradicional jornal partidário do País, Causa Operária, que chega à edição de número 1192. Cobrindo os principais eventos políticos do País desta semana, a penúltima edição do ano de Causa Operária traz em sua capa um balanço do 1º ato “Lula presidente”, ocorrido em São Paulo no dia 12 de dezembro, contando com caravanas de militantes e simpatizantes oriundos de todas as regiões do Brasil.
Como destaca Causa Operária, “a manifestação convocada pelo Partido da Causa Operária (PCO) e o Bloco Vermelho, deu voz aos militantes da esquerda classista deixando ainda mais evidente sua posição contrária à formação de uma chapa Lula-Alckmin.” A manchete do militante número 1 do PCO lembra ainda a operação em marcha para “‘unir água e óleo’, de juntar o que o golpe e a luta de classes separou em dois pólos opostos e irreconciliáveis” é uma das grandes lutas do período imediato, uma manobra da burguesia que deve ser enfrentada “por meio de uma ampla mobilização popular”.
Com as páginas A3 e A8 tratando a mobilização e as conclusões políticas do ato em defesa da candidatura operária, coube à página A5 centrar o debate sobre o perigo representado pelo ex-governador Geraldo Alckmin, agora ex-tucano mas de maneira alguma ex-serviçal da burguesia, os inimigos mortais da classe trabalhadora. Já desfiliado do PSDB, a máquina de propaganda da burguesia abriu fogo contra a candidatura de Lula, uma campanha confusionista que só poderá ser superada com uma “alteração radical” da própria esquerda, isto é, que o próprio movimento responsável por impulsionar a candidatura do ex-presidente atribua-lhe desde já um vice de luta.
O custo social de não travar essa luta é tema da página A7, que traz em sua matéria principal a explosão da fome no País. Consequência direta e brutal da política de rapina – que a burguesia deseja ver acentuada -, a cesta básica cresceu de novo e já consome quase 60% do parco salário mínimo. A combinação entre aumento exponencial do custo de vida e crescimento da miséria leva a cenas deploráveis, cada vez mais comuns nas cidades brasileiras, de seres humanos recorrendo ao lixo para saciar a fome no Brasil. A urgência dos milhões de trabalhadores passando fome no País precisa ser enfrentada com uma política séria, que ultrapasse os limites da caridade e obrigue a burguesia a pagar pela crise humanitária que vem causando.
A cara do cinismo
No caderno B, os principais organizadores da catástrofe que se abate sobre o País, o imperialismo e destacadamente o segmento americano, organizam a “Cúpula para a Democracia”. Convocado pelo governo Biden, a lista de convidados e excluídos reforçam o cinismo do evento, que não tem outro objetivo além de acentuar a agressividade da política imperialista contra os países atrasados do planeta.
Como levar a sério um evento que se propõe a discutir a “democracia” enquanto conta com democratas da estirpe de Iván Duque, organizador da ditadura colombiana que só neste ano, foi responsável por pelo menos 91 massacres contra movimentos populares? Como lembra Causa Operária, “o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, que comanda um regime de apartheid contra a população palestina na região também teve uma fala de três minutos.” Além destes carrascos sem máscaras, chefes de Estado da Polônia, da Ucrânia, da Indonésia, da Índia e das Filipinas uniram-se a representantes de Formosa (China) e do Kosovo.
Na mesma página B1, a matéria “Imperialismo quer assassinar Julian Assange” derruba o cinismo da “democracia” americana, lembrando aos leitores do jornal operário que a despeito de toda a demagogia, o mais monstruoso governo da atualidade trava uma batalha para executar um homem cujo crime foi revelar os crimes reais cometidos pela mais rica nação imperialista do mundo.
Já na página B2, outra demonstração do cinismo americano ao colocar-se como bastião da liberdade e dos direitos democráticos, o que não impediu execuções camufladas, por exemplo, de Malcom X, cujo assassinato é lembrado pela matéria principal da página, ecrita pelo coletivo João Cândido. Como destaca a matéria “FBI e CIA na luta contra o negro ‘por todos os meios necessários’”, “a morte de Malcolm X revelou que o governo dos EUA não tolera revolucionários, especialmente negros.”
Dedicada ao movimento sindical e dos trabalhadores, a página B3 trás em sua matéria principal o golpe do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), contra os educadores, prometendo 73% de reajuste e 5 mil de piso à categoria.O reajuste inédito na história dos tucanos e particularmente surpreendente vindo do governador inimigo dos educadores, foi amplamente repercutido pela propaganda golpista da imprensa burguesa, que convenientemente esqueceu-se dos “detalhes” da proposta.
Na última página do caderno internacional, a matéria “As eleições entre a frente ampla direitista e a extrema direita” traz uma apreciação da eleição chilena, onde Gabriel Boric, o candidato da esquerda “radical” ligada ao imperialismo, rebaixou-se a ponto de ouvir um deboche do opositor declaradamente pinochetista, José Antonio Kast, que ironizou o concorrente ao cargo de presidente do Chile: “parecia meu assessor”.
Cereja do bolo
Finalmente, a cereja do bolo do jornalismo operário, o caderno C trás a última parte do texto escrito pela revolucionária polonesa Rosa Luxemburgo sobre a relação do partido revolucionário com a religião. Publicado originalmente em 1905 pelo Partido Social-Democrata Alemão, o texto “O Socialismo e as Igrejas” é o grande destaque do caderno, que trata também do cerco da burguesia contra a população brasileira.
A matéria da página C4, “Não estão simplesmente cancelando uma festa, mas proibindo o povo de sair às ruas”, lembra que a despeito dos mais falaciosos argumentos, o que realmente está por trás da proibição da festa popular é “impedir que o povo manifeste seu desejo por ‘fora Bolsonaro, Lula presidente’”. É sabido que aglomerações populares causadas por eventos como o Carnaval e as festas públicas de fim de ano, são propícias a tornarem-se comícios políticos muito radicalizados, que escapam ao controle da burguesia, razão pela qual precisam ser controlados.
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