Após a insistência e motivação do Partido da Causa Operária (PCO) em ir para as ruas defender os direitos populares frente aos seguidos ataques sofridos pelo avanço dos fascistas no país, a III Plenária Nacional de Organização das Lutas Populares, que reuniu no último dia 11 de maio a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central dos Movimentos Populares (CMP) e os principais partidos de esquerda, aprovou um dia nacional de mobilização presencial em todo o País a ser realizado no dia 29 de maio, para reivindicar vacina, auxílio emergencial e emprego, dentre outras necessidades urgentes da população. Trata-se de uma vitória da mobilização popular.
Com a falsa política burguesa do “fique em casa”, pois, na verdade para a maioria da população não foi assegurado esse direito, o “fique em casa” transformou-se na ausência do povo nas ruas para protestar. No trabalho o povo continuou se contaminando e a burguesia abrindo a caixa de maldades contra a população e vendendo o Brasil. Diante do fracasso intencional da direita no combate à pandemia, o país está num completo forço social, político e sanitário, com mais de 400 mil mortes, caminhando para meio milhão. O sistema hospitalar está em colapso, fruto da política fracassada e genocida da direita que governa boa parte do país, com Bolsonaro sendo o principal aliado do vírus, debochando do povo e da gravidade do Covid.
A crise econômica, que assola sobretudo os mais pobres, é consequência da crise capitalista mundial, que nos impõe um modelo neoliberal de fome, provocando a mais de 60 milhões de brasileiros uma situação de miséria e desemprego. Enquanto o povo morre de fome, o governo federal se esbanja em churrascos, leites condensados, casa milionária para filho de presidente e outras futilidades, além de agir em prol da venda dos principais patrimônios do Brasil, como Eletrobrás, Petrobrás e Correios.
O agravamento dessa crise social, econômica e sanitária criou as bases para a superação dessa politica da morte, com o povo nas ruas. O povo, convocado pelo PCO, os Comitês de Luta e outra organizações, já saiu às ruas para protestar contra a comemoração do facínora golpe de 1964, o qual a burguesia comemorou e foi para as ruas pedir mais um golpe com o fascista do Bolsonaro no poder. Ao não ir para as ruas, deixando parte delas para os fascistas, boa parte da esquerda pequeno-burguesa comete um grave erro, mas agora começa a acordar e mobilizar seus militantes para lutar contra esse desmonte do país e da política genocida do governo federal e seus asseclas.
Após o ato do dia 1º de Maio, um ato classista na Praça da Sé, que reuniu mais de 2 mil pessoas, sem a participação efetiva dos maiores partidos de esquerda, ficou claro que a mobilização popular de rua é possível e é uma necessidade indispensável diante da violência que estão nos impondo. Após o ato classista em maio, o povo tomou mais ainda as ruas. Em 7 de maio, o MTST convocou seus militantes para um ato de rua. Em seguida, o povo saiu também em protesto ao massacre do Jacarezinho, a maior chacina ocorrida no Rio de Janeiro em plena pandemia, de forma brutal e covarde, provocando a revolta de toda a população.
Diante desse grave momento, o dia 29 de maio será mais um dia importante para mobilizar mais ainda a população e todos os partidos de esquerda, sindicatos e associações populares. A Central Única dos Trabalhadores, maior e principal central sindical do país, confirmou presença. O MST, maior organização de luta pela terra no país, também participará do ato, assim como a Central dos Movimentos Populares, que abriga centenas de movimentos, e o Partido dos Trabalhadores (PT), maior partido de esquerda da América Latina.
Não precisamos mais de lives, carreatas e atos simbólicos inócuos diante do cinismo e ataques da extrema-direita. Só a mobilização popular vai derrotar essa extrema-direita. Não à frente ampla com setores golpistas. Frente só com o povo e suas organizações populares de luta.
O ato do dia 29 levantará as principais reivindicações do povo brasileiro: vacinação em massa imediata; quebra das patentes para que todos os países possam fabricar sua vacina, visto que serão necessárias várias doses até a diminuição significativa da circulação do vírus no mundo; redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, pois só assim se combaterá o desemprego; auxílio emergencial de um salário mínimo; não à privatização dos Correios, da Eletrobrás e de qualquer outra empresa nacional; pelo fim das polícias, em troca da qual a população deve formar e administrar suas milícias populares; contra o desmonte das universidades; pela contratação em massa de mais médicos e abertura de leitos hospitalares, dentre outras reivindicações, sempre com o eixo político central do Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
Para fortalecermos a luta contra o fascismo, é de fundamental importância a mobilização das massas, indo nas fábricas e todos os locais de trabalho para que todos os trabalhadores possam de forma consciente tomar as ruas, espaço do povo.