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Luta no campo

Direito ao armamento, uma necessidade

Além de um direito democrático contra o caráter opressor do Estado, o direito ao armamento já se tornou uma necessidade fundamental dos explorados do campo.

Em Rondônia, quatro camponeses da ocupação Ademar Ferreira, localizada na zona rural de Porto Velho, foram brutalmente assassinados no último dia 13 de agosto. Os autores do assassinato foram policiais da Força Nacional de Segurança, da PM e os tradicionais jagunços a serviço do latifúndio. 

Em meados de julho, as mesmas forças policiais e paraestatais já haviam fustigado o local, efetuando ao menos 15 disparos de fuzis e escopetas calibre 12 em direção aos camponeses. 

Tais fatos não constituem nenhuma novidade. Dizer que a situação se parece a um faroeste parece já não dar conta de descrever o quadro da luta de classes na região. No campo, particularmente em alguns estados da região norte, há muito tempo vigora uma situação que poderia ser qualificada, sem nenhum exagero, de guerra civil de baixa intensidade. 

Trata-se, diga-se, de uma guerra desigual. De um lado, temos todo o aparato do Estado capitalista, suas incontáveis instituições policiais e os grupos e pistoleiros privados que atuam sob o guarda-chuva das forças oficiais, todos atuando articuladamente para defender e garantir os interesses do setor social e econômico que domina a região, os latifundiários. De outro, temos os camponeses pobres, os trabalhadores oprimidos do campo, acossados sistematicamente pela polícia local e pelos órgãos de repressão estaduais e federais, vítimas de massacres e chacinas constantes, e dotados de nenhum recurso outro a não ser a sua própria organização.   

Há atualmente, em Rondônia, uma operação em marcha para  ampliar a grilagem de terras. Toda essa operação é feita com a cobertura do Estado burguês assassino, que protege e garante de maneira descarada os interesses dos latifundiários ali estabelecidos. O aumento das operações policiais contra os acampamentos camponeses na região tem sua causa imediata nesse fato, e o resultado de todo esse processo é relativamente fácil de prever: tudo terminará com o massacre dos camponeses. 

Mais do que nunca, é preciso denunciar a ação criminosa dos latifundiários e seus capachos armados e levantar a reivindicação do direito ao armamento em defesa dos camponeses pobres. Além de um direito democrático contra o caráter opressor do Estado, o direito ao armamento já se tornou uma necessidade fundamental dos explorados do campo, uma condição para simplesmente sobreviverem e não serem os alvos fáceis e indefesos da Força Nacional, da PM local e dos jagunços da região. 

A luta pela dissolução do aparato repressivo do Estado anda lado a lado com a luta pela organização da autodefesa dos trabalhadores e explorados rurais. A luta de classes no campo, no Brasil, escancara o quão reacionária é a defesa do pacifismo na luta política contra os inimigos do povo. Enquanto o Estado está armado até os dentes e joga todo o seu peso contra o povo do campo, as organizações de luta dos camponeses atuam desarmadas e, no melhor dos casos, com algumas poucas armas conseguidas às escondidas. Quem não defende aberta e explicitamente o direito ao armamento do povo está, na verdade, compactuando com a violência, os massacres, as chacinas perpetradas pelos instrumentos de repressão do latifúndio. 

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