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Avenida Paulista

Dia 12: grande ato por Lula presidente e um governo sem patrões

Mobilizar nas ruas por Fora Bolsonaro e Lula presidente, com um vice de luta, que seja também expressão da luta contra o golpe e por um governo dos trabalhadores

lula mst

Um verdadeiro “Cavalo-de-Tróia” está sendo armado contra a militância do Partido dos Trabalhadores, o ativismo da CUT, MST, CMP, de inúmeras outras organizações de luta dos explorados e de toda a esquerda que apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Que a apoia como forma de luta contra a ofensiva imposta pelo regime de arbítrio e retrocesso nas condições de vida do povo brasileiro, imposto desde o golpe de Estado de 2016.

A venal imprensa capitalista e até mesmo a chamada imprensa alternativa destacaram nos últimos dias as exigências feitas pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) para indicar o ex-governador de São Paulo e ex-presidenciável do partido, em duas eleições (2006 e 2018), Geraldo Alckmin, como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula.

A própria filiação ao PSB do ex-governador paulista, que ainda está filiado ao PSDB ─ partido que nas últimas décadas foi o principal defensor dos interesses do imperialismo e do grande capital “nacional” ─ dependeria das negociações junto ao PT e de que o maior partido do País e Lula aceitem as exigências draconianas do PSB e de Alckmin. Se a chantagem não for aceita pela esquerda, Alckmin poderia buscar um acordo eleitoral com seus tradicionais aliados da direita, como o PSD de Gilberto Kassab, o Podemos que, agora, apoia a candidatura de Sergio Moro ou até mesmo chegar a um acordo com seu desafeto tucano, João Doria, dentre outras possibilidades.

A suposta aliança entre Lula e Alckmin | Momentos da Análise Política na TV 247

Entregar tudo e não receber nada

Além de entregar a vice-presidência para um político decadente, que perdeu o controle do seu partido (do qual foi presidente) no seu Estado, mesmo estando no comando do governo estadual, com o segundo maior orçamento do País, e que obteve o pior desempenho eleitoral de todas as campanhas presidenciais dos tucanos, o PT – segundo se divulga – ainda teria que desistir de disputar governos de São Paulo e Pernambuco, entregando a cabeça de chapa nestes Estados, para candidatos do grupo de Alckmin. No caso de São Paulo, com Márcio França (filiado ao PSB) e para o grupo que comanda o PSB, a família Campos, em Pernambuco.

O apoio do PSB e de Alckmin não representaria, do ponto de vista eleitoral, nada para a candidatura de Lula. Já para os “socialistas” de araque do PSB, a desistência do PT e o apoio de Lula poderia ser – como já foi diversas vezes em Pernambuco – decisivo para uma possível vitória dos seus candidatos.

Para Alckmin, cujo partido que presidiu recentemente acaba de escolher Doria como candidato presidencial com apenas 1,5% dos votos dos filiados do Partido e saiu das prévias rachado, a “negociação” poderia significar uma verdadeira “ressurreição”, podendo render-lhe – no caso de uma vitória da chapa de Lula – o segundo posto do Executivo nacional (colocando-o na mesma posição de seu colega de golpe de Estado Michel Temer) e o comando – de fato – por meio de seu preposto Márcio França, do governo do Estado mais rico do País.

Sem maiores destaques, também surgem como exigências do PSB o apoio do PT aos candidatos “socialistas” no RS e ES.

Um expoente da direita e inimigos dos trabalhadores 

Alckmin é o tucano que por mais tempo ocupou cargos em executivos decisivos para a política neoliberal defendida e praticada pelo partido em favor do imperialismo. Ficando à frente do governo de SP por 14 anos, depois de ter sido eleito como vice-governador na chapa de Mário Covas, em 1994. Por sua fidelidade canina à política reacionária do partido de ataque aos serviços públicos, repressão às lutas dos trabalhadores e da juventude, distribuição de dinheiro para os bancos e grandes monopólios, privatizações, etc, foi por duas vezes escolhido como candidato presidencial do partido e presidiu o próprio PSDB (a partir de dezembro de 2017) no período posterior à primeira etapa do golpe de Estado (derrubada da presidenta Dilma Rousseff, posse e sustentação do governo golpista de Temer). Foi também o candidato presidencial do partido que a burguesia queria ter emplacado em 2018, com a fraude armada contra o ex-presidente Lula, que foi condenado e preso – pelos aliados de Alckmin e do PSDB, como Moro e os ministros do STF – de forma ilegal.

Não conseguindo ter o mínimo de apoio popular para encabeçar a disputa contra o candidato reserva do PT , Fernando Haddad, o PSDB de Alckmin tratou de apoiar – de fato – a eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro e de dar sustentação ao seu governo. A fidelidade dos tucanos às propostas do governo Bolsonaro contra o povo brasileiro, no Congresso Nacional, por exemplo, foi em muito superior até mesmo à do partido pelo qual Bolsonaro se elegeu. Mesmo buscando disfarçar a paternidade do governo rejeitado pela maioria da população, se dizendo arrependido e se passando por “oposição” em alguns momentos, o PSDB (incluindo Alckmin) nunca assinou qualquer pedido de impeachment do capitão fascista e, nos seus governos, tratou de impor a mesma política do governo federal, sempre com maior eficiência contra os trabalhadores.

Com um currículo de fazer inveja a qualquer fascista e neoliberal capacho do imperialismo, Alckmin representa o oposto da candidatura de Lula e está sendo defendido pela direita golpista – assim como por setores da direita do PT – como um candidato que – no melhor dos casos – representaria o mesmo que Temer representou nos governos anteriores do PT, uma salvaguarda para a direita golpista diante da possibilidade de uma possível derrubada do presidente Lula ou quem sabe da sua morte (desejada pela burguesia).

O povo votará em Lula de qualquer maneira? | Momentos da Análise Política na TV 247

Sua presença ao lado do candidato que a população vê como uma arma na luta por seus direitos destruídos pelo golpe que Alckmin apoiou é um instrumento de desmoralização da candidatura de Lula. Esse instrumento – com certeza – seria usado pela direita e até mesmo por setores da esquerda (como o PSOL) que não se decidiram pelo apoio a Lula, gostaria de chantagear o PT a apoiar Boulos em SP e que teriam um pretexto para se lançar em uma empreitada ainda mais direitista, com um possível aliança ou Federação com o PDT de Ciro Gomes e/ou outros setores que também apoiaram o golpe.

Lutar contra o golpe e por uma política independente

Contra essa politica que visa desmoralizar a candidatura de Lula, enfraquecendo-a, e abrir caminho para uma nova ofensiva no sentido da destruição do PT (propósito perseguido sem trégua pela direita) e contra a organização dos trabalhadores, a esquerda classista deve se pronunciar e se opor a toda essa chantagem descabida e à ofensiva direitista que visa colocar a candidatura de Lula sob o controle de setores reacionários, o que levaria a enormes pressões por um governo de conluio com os neoliberais, privatizadores etc.

As bases do PT, da CUT, dos sindicatos, do MST, dos movimentos populares, das lutas da juventude, dos negros, das mulheres etc. que lutaram contra o golpe (tramado por Alckmin e seu PSDB), que defenderam a liberdade de Lula (cassada pelos aliados de Alckmin e do PSDB), que se mobilizaram nas ruas contra os ataques aos direitos dos trabalhadores (atacados pela corja neoliberal de Alckmin e Cia), que querem o Fora Bolsonaro (que Alckmin e seu PSDB não apoiam), devem rejeitar esta tramoia e reivindicar, democraticamente, que elas sejam ouvidas e possam decidir sobre o programa e a política da candidatura que eles sustentaram com sua mobilização.

Os trabalhadores querem Lula e um governo da esquerda, dos trabalhadores, justamente porque não querem golpistas, privatizadores e inimigos dos serviços públicos, da lutas dos explorados, na chapa de Lula e no governo.

Os dirigentes e ativistas da CUT e dos sindicatos não querem um governo de patrões aliados de Lula e de sua política neoliberal, querem um governo dos trabalhadores para defender seus interesses.

Por isso é preciso mobilizar. Colocar o bloco na rua, se opor à paralisia dos setores da esquerda que querem conter a mobilização porque desejam que as decisões sejam tomadas apenas em torno das chantagens impostas pelo PSB e outros setores.

O papel decisivo do dia 12

Nestas condições o ato do dia 12 de dezembro, convocado pela Plenária Nacional  Fora Bolsonaro – Lula presidente , pelo ativismo combativo do Bloco Vermelho, integrado pelo PCO, setores do PT, PCPB e militantes de esquerda de todas as regiões do País, tem um papel fundamental de  inaugurar  uma grande campanha de massas para o próximo período, para que os trabalhadores e suas organizações tenham um papel decisivo em todas as questões que digam respeito à candidatura de Lula e a um possível governo que surja do enfrentamento com a burguesia golpista e seus representantes políticos, único caminho para derrotar Bolsonaro e todos os golpistas.

No próximo dia 12, a Avenida Paulista, em São Paulo, vai ferver e vai ser tornar vermelha mais uma vez. Todos ao ato por Lula Presidente, junto com o PCO e o Bloco Vermelho! Por um governo dos trabalhadores, sem patrões!

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