O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) pretende assinar um novo decreto para segunda-feira (5), alterando as leis de quarentena coletiva e obrigatória na cidade, iniciadas no último dia 31 até o dia 9 deste mês.
Seguindo a política da direita golpista, que não fez nada até agora, não aprova um auxílio de verdade para o povo, o prefeito – em acordo com o Governo do Estado e o Tribunal de Justiça -, decidiu por infectar a população para salvar o mercado.
“Não queremos fechar o comércio. Defendemos o trabalho seguro, defendemos que quem precisa trabalhar tem que trabalhar, mas vamos trabalhar com responsabilidade, usando mascaras, álcool em gel e distanciamento social tanto quanto possível”, disse Emanuel.
Em relação ao setor produtivo, a política deverá ser a mesma, editando um novo decreto que deve estabelecer o rodízio de trabalhadores para se infectarem nas fábricas privadas.
Esta é uma crítica que o PCO tem sobre a posição da burguesia desde o início da pandemia. Ao passo que liberou uma miséria ao povo, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes deram de presente R$ 1,2 trilhões aos banqueiros e grandes capitalistas.
Para os pequenos comerciantes, a falência, a infecção com uma doença letal, sem oxigênio nos hospitais, sem Hospitais de Campanha, sem testes em massa, sem plano nenhum.
Cinicamente, o prefeito, que deveria ser responsável em fechar tudo, criar situações para que o povo ficasse em casa, controlando os contágios, comprando vacinas, disse que vai reforçar pedido aos trabalhadores que preservem e cobrem de seus pares a adoção de medidas de biossegurança, evitando as aglomerações. Resumindo, não fará nada e ainda usará a polícia e fiscais para agredir e multar a população.
Questionado anteriormente sobre o problema, alega que para pulverizar o número de passageiro depende do comportamento dos próprios usuários do serviço.
“O que eu posso fazer? No ano passado, eu reduzi gradativamente para 70%, 30% a circulação dos ônibus e me criticaram. Agora, eu liberei 100% da frota e estão criticando de novo, porque os ônibus estão lotados. Evitar ônibus cheio depende da consciência de cada um, eu não vou baixar decreto para marmanjo não lotar os ônibus”, disse ele.
Medidas de ampliação dos pontos de vacinação na Capital, sem a vacina, servem de que? E sobre o aumento do número de ônibus em circulação na Capital, nos horários de maior fluxo de usuários, também não há uma fiscalização real em torno de algo que nem deveria estar acontecendo.
O prefeito reiterou ainda a proibição do consumo de bebidas alcóolicas nos locais de venda, medida já prevista no decreto municipal, o que, de fato, não é o problema, mas sim as fábricas, transportes e comércio funcionando.
Nos locais onde deveria haver o lockdown total, ele não existe. Diante disso, a população não pode mais acreditar que apenas uma política de isolamento social, que uma pequena parcela da população consegue realmente cumprir, irá resolver o problema da pandemia. Só com a ampla mobilização das massas e um programa legítimo para os trabalhadores é que poderemos diminuir as mortes e conseguir uma vacinação imediata e um auxílio digno para todas as famílias. Uma mobilização de massas pelo Fora Bolsonaro e todos golpistas é o caminho concreto nessa crise sanitária e também a única saída real para a classe trabalhadora.