Nunca vimos na política falar tanto da mulher, do negro, do índio, como no último período. De uma hora para outra a mulher negra, principalmente, virou uma celebridade. Até a CIA, aliás, finalmente a CIA mostrou a cara com uma recente publicidade, onde uma mulher latina faz propaganda da política identitária.
Aqui no Brasil, onde inúmeros movimentos, coletivos, ONGs e personalidades estão recebendo abertamente dinheiro de bilionários, está na moda fazer demagogia com a luta dos oprimidos.
A rede Globo contratou uma negra para ser âncora do Jornal Nacional, o noticiário mais golpista do Brasil. Djamila Ribeiro – negra famosa no movimento negro universitário — virou garota propaganda do STF — “Com supremo e tudo”. E finalmente em São Paulo, a prefeitura administrada pelo bolsonarista Ricardo Nunes (MDB) promoveu uma mulher negra para a Secretaria de Cultura da cidade.
Aline Torres, nem precisamos chamar de traidora, apesar de ter foto com camiseta de Malcon-X, ela sempre foi um elemento da direita. A dita ativista dos movimentos negro e feminista já foi candidata a vereadora em 2020 em São Paulo pelo MDB. Nas eleições de 2018, tentou uma vaga como deputada federal pelo PSDB. Ou seja, estava já há um tempo apenas tentando um cargo no governo fascista da direita — que comanda a polícia mais assassina de negros no mundo. O movimento negro não tem nada a comemorar.
Os “ativistas” que ganham prestígio com a direita não são revolucionários, ou nem estão minimamente preocupados com a população oprimida a qual dizem representar. São verdadeiros oportunistas, carreiristas e estão preocupados com o prestígio próprio e em resolver individualmente os seus problemas financeiros.
Vendendo-se para que a direita leve adiante uma política de pura demagogia com a mulher, com o negro, essas pessoas não fazem nem cócegas na direita, pelo controle, prestam um serviço para a direita que se finge de preocupada com a população, mas, na verdade, colocam a maioria dos negros e as mulheres cada vez mais na miséria, matado de doença, de fome, com repressão policial milhares de pessoas.
O verdadeiro movimento negro, aqueles que está de fato na luta pelo povo negro e pelas mulheres, precisa dar um basta nesse oportunismo e colocar abaixo a política identitária e os oportunistas.
Fora oportunistas
Quem dá mais? A luta do negro e da mulher está à venda
Negros e mulheres estão vendendo a luta do oprimidos para a direita fazer demagogia enquanto esfola a população
- Aline Torres em cerimônia da posse de cargo de secretária da educação
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- Foto: Divulgação/Secom/PMSP
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