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Água e óleo

Ciro Gomes e os golpistas foram escorraçados da Av. Paulista

A manobra de injetar nas manifestações da esquerda, pelo fora Bolsonaro, gente da direita, golpistas, não deu certo e tudo indica que não dará.

No dizer popular é “pedra cantada” a briga durante a união de opostos. Se alguém misturar as torcidas de Palmeiras e Corinthians em um estádio, por exemplo, coisa boa não resultará. E não foi diferente no caso dos atos do dia 2 de outubro, especialmente o de São Paulo.

As vaias contra os golpistas e Ciro Gomes, quando eles falaram no carro de som, era apenas uma manifestação democrática daqueles que estão vendo os atos serem surrupiados pela direita golpista. Reações mais enérgicas, físicas, podem acontecer também, e de fato aconteceram.

Havia chamado atenção o esquema que montaram para o carro de som, com a instalação de barreiras de metal, com distância de uns bons 3 metros do carro de som, para afastar o povo, por um motivo muito óbvio: daria confusão colocar um representante do PSDB para falar em um ato da esquerda. Não fosse isso, o resultado seria muito pior para os direitistas e golpistas.

Ao contrário do que se diz na imprensa, Ciro Gomes não sofreu uma emboscada. Ele apenas tentou ir embora passando por locais onde haviam pessoas de esquerda. Um torcedor do Palmeiras não passa por entre torcedores do Corinthians, e vice versa. Todo mundo sabe que isso é assinar o próprio atestado de óbito.

Ali, cara a cara com o povo que foi golpeado, com o pessoal que teve seus votos em Dilma Rousseff rasgados, com a turma que queria Lula em 2018, mas o viu preso por mais de 500 dias, a conversa seria diferente. As vaias, nesse sentido, estavam de bom tamanho para Ciro Gomes.

Corre-corre, troca de socos, e uma fuga espetacular do Masp. Ciro escapou ileso, para sua sorte. Os manifestantes, conforme vídeo disponível na internet, estavam enfurecidos com tudo o que estava acontecendo (a direita no ato) e o que já aconteceu (o golpe de Estado).

Outros golpistas, como o presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, ficaram apenas com as vaias do carro de som. Bem como Paulinho da Força Sindical e outros golpistas que agora querem se passar por grandes democratas, também foram vaiados e montaram um esquema de fuga do Masp mais bem organizado, para evitar confronto com o povo que sofreu o golpe de Estado patrocinado por eles.

Também é preciso destacar a direita que nem quis se arriscar a estar de corpo presente no ato da esquerda, como foi o caso da herdeira do banco Itaú, Neca Setúbal, que teve seu áudio (sim, ela mandou um áudio) também vaiado pelos manifestantes que lá estavam. Evitando ser vaiada presencialmente. O mesmo para Fábio Trad, do PSD, que também enviou áudio. Tábata Amaral também não se arriscou, e sequer enviou áudio ou qualquer coisa que o valha. O rei da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (REDE), também enviou áudio, e talvez tenha feito lá suas contas para não comparecer ao ato, vai saber…

De toda sorte, o que ficou absolutamente claro é que a manobra de injetar nas manifestações da esquerda, pelo fora Bolsonaro, gente da direita, golpistas, não deu certo. E tudo indica que não dará.

A tentativa de recuperar os golpistas, defensores do impeachment de Dilma Rousseff, da prisão de Lula, enfim, os responsáveis pelo governo de Bolsonaro, também não está dando certo, e a burguesia terá de avaliar os planos para a situação política. Em último caso, terá de apoiar Bolsonaro uma vez mais.

Se isso se der dessa forma, alguns dos que estiveram no carro de som nos atos deste sábado certamente não se colocarão ao lado de Lula (candidato inegável da oposição à Bolsonaro), e se juntarão para manter a direita golpista no poder, antes, durante e após as eleições de 2022. E é justamente por isso que foram escorraçados da Avenida Paulista. Já se tornou impossível mascarar seus objetivos e o povo sabe bem disso.

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