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Capitalistas aumentam projeção de inflação mais uma vez

Quem faz compras semanalmente pode constatar que a inflação é muito maior do que o governo anuncia como inflação oficial

Pela 19ª vez a projeção de inflação anual aumenta. Dos 6,88% previstos anteriormente, chegou-se a 7,05% pelo mercado financeiro, no boletim Focus do Banco Central. Desde o final do ano passado, a inflação vem crescendo a olhos vistos, e pelo andar da carruagem não irá parar tão cedo.

Enquanto isso, o Banco Central projeta para 2022 a inflação em 3,90%, para 2023 em 3,25% e em 2024 de 3%. Sendo que ela vem crescendo desde o final do ano passado, e em dezembro a inflação acumulada já era 4,44% e vem crescendo até chegar em agosto de 2021 em 8,32%, como então podemos prever que irá reduzir com a tendência constante de aumento? O acumulado nos últimos doze meses já está em 8,99%.

A explicação é simples: mudam-se os critérios de cálculo, tirando os produtos que mais elevam o índice em substituição por aqueles que menos impactam o índice, e também aplicando pesos diferenciados para cada produto, de forma que os com maior elevação de preços tenham menor peso no cálculo e os que apresentam menor elevação passam a ter peso maior no cálculo.

Por isso quando vamos ao mercado e temos um determinado produto e aplicamos o índice oficial não chegamos ao preço que deveria estar no momento. Segundo o Procon, em fevereiro de 2020 o kg do feijão era R$ 4,39 e em janeiro de 2021 era de R$ 7,98. Isso equivale a cerca de 81% de aumento. Mesmo considerando que estamos tratando de uma média, a inflação é uma média dos produtos que fazem parte do cálculo, a distorção é muito grande.

Por isso que o IPCA acumula alta de 4,76% no ano e 8,99% nos últimos doze meses e não corresponde ao que notamos no supermercado quando estamos fazendo nossas compras.

Pura ilusão para os olhos e não para o bolso, este que sente de imediato os efeitos da inflação, resultando em menos produtos que podemos levar para casa.

A meta de inflação que o Banco Central trabalha é de 3,75% para o ano de 2021. E aí temos que a política do banco é de elevação da taxa de juros básica, a Selic, para diminuir o consumo e assim incentivar a queda dos preços. Essa atitude acaba por reduzir também os investimentos devido aos juros mais altos que além de diminuir os pedidos de empréstimos bancários por parte dos trabalhadores também ocorre pelos empresários, e assim reduz a recuperação da economia.

A Selic hoje está  em 5,25% e a previsão é encerrar o ano em 7,5% ao ano. Para 2022 a projeção é de continuar em 7,5%, para 2023 e 2024 é que fique em 6,5%. Com esses juros em alta, tanto o consumo como a produção ficam comprometidos e a economia anda para trás.

Com essa política nefasta, as instituições financeiras projetam redução da atividade econômica, saindo da projeção anterior de 5,30% para 5,28%, impactando o crescimento do PIB, onde o governo federal projeta crescimento pífio de 2,5% até 2025.

Outro dado que pesa negativamente para os trabalhadores é a taxa de câmbio. A expectativa é de que o dólar fique em R$5,10 no final deste ano e termine 2022 em R$5,20. Com o aumento do valor do dólar os preços sofrem o impacto dessa elevação de preços, o aumento da inflação, redução das reservas cambiais e redução das importações. Novamente a produção fica afetada pois muitas matérias primas são importadas e afetam igualmente os preços em geral. Lembrando que nos governos do PT estava em cerca de R$2,60.

Com essa política os trabalhadores ficam em situação cada vez pior, mas os empresários aumentam sua renda nessas mesmas condições. Parece justo para vocês essa situação? Evidente que não, a conta pela crise é sempre cobrada dos trabalhadores que têm as menores rendas. 

Enquanto isso, os mais ricos não pagam impostos, recebem subsídios do governo para a atividade produtiva e etc. Por exemplo, no início da pandemia os bancos receberam 1,2 trilhões de reais para passarem pela pandemia, e os trabalhadores ficaram desempregados, tiveram os salários reduzidos,  perderam a aposentadoria e vários direitos trabalhistas, e o auxílio emergencial é pior que uma esmola, grotesca situação para os trabalhadores.

Como a tendência não é de melhorar, mas sim de piorar essa situação, os trabalhadores, o povo em geral precisa ir para as ruas e só sair quando esse governo genocida e todos os golpistas estiverem bem longe do poder. Contra as privatizações, reforma administrativa, por vacinas para toda a população e um salário mínimo para todos os desempregados durante a pandemia, às ruas já!

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