Foi aprovado na Câmara dos Deputados o confisco dos salários dos servidores, utilizando como pretexto a esmola de R$ 175,00 de auxilio emergencial através da do Projeto de Emenda Constitucional 186/2019 (PEC 186/2019) apresentada pelo ministro da economia, o golpista, neoliberal e banqueiro Paulo Guedes, no final de 2020 ao Senado Federal, que a aprovou e agora está em tramitação na Câmara dos Deputados, a qual já foi aprovada em primeiro turno.
Os congressistas, golpistas defensores da política genocida do fascista Bolsonaro, estão preparando o maior assalto ao conjunto dos servidores públicos, à medida que, para dar uma esmola, muito menor do que os R$ 600,00, no primeiro momento e R$ 300,00 até novembro, proíbe qualquer reajuste salarial.
Conforme artigo da CUT (Central Única dos Trabalhadores) de ontem (10) a PEC traz novas regras fiscais de arrocho a investimentos, congela salários dos servidores públicos federais, estaduais e municipais e corta verba do pré-sal para a educação, entre outras maldades, em troca de apenas quatro parcelas de um novo auxílio emergencial, cujo valor deve ficar entre R$ 150 a R$ 375.
Apesar de urgente e necessária, a proposta do pagamento de um novo auxílio emergencial não atende às necessidades da população brasileira. Ao contrário, impede a criação de novos leitos de UTI e a contratação de médicos no combate à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), bem como limita o pagamento de R$ 44 bilhões do novo auxílio a 32 milhões de pessoas – metade dos atendidos no ano passado. Nem é preciso dizer que a miséria ofertada, além de diminuir o número de pessoas que irão receber, não resolve nada, diante da penúria do povo.
O ataque aos trabalhadores e desempregados
O fascista Bolsonaro não está atacando os servidores somente. O setor privado teve, em 2020, mais de 1.2 trilhões de reais para se manterem enquanto os trabalhadores sofreram com reduções salariais, suspensão de contratos de trabalho e demissões, aumentando sobremaneira a quantidade de desempregados no país, que hoje ultrapassam os 15 milhões.
Mesmo nessas circunstâncias, os genocidas do governo fascista Bolsonaro, bem como, o congresso golpista se empenham em elevar ainda mais, a situação de penúria no país, mesmo diante do elevadíssimo número de mortos no país, atingindo quase 300 mil e contaminados em 11.2 milhões e, ainda reduzem a miséria da esmola, bem como, a quantidade de pessoas que receberão.
Diante da situação em que se apresenta, a população explorada e os trabalhadores na ativa e os desempregados que sequer conseguem se alimentar devem lutar para que o auxilio emergencial seja superior ao salário mínimo vigente no país. Nenhum confisco dos salários dos trabalhadores, tanto dos servidores, quanto dos operários da iniciativa privada.
É necessário, ainda, que os trabalhadores se organizem em conselhos populares, criar uma pauta de reivindicações e lutar por ela até a vitória. Lutar por jornada de 35 horas semanais, salário mínimo de cinco mil reais, sistema de transporte público gratuito, etc.