Em meio a tantas bombas jogadas contra os trabalhadores, outra de grande impacto está a caminho. O relator do projeto de Orçamento para o ano de 2021, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), propôs retirar 26,5 bilhões de reais das verbas para previdência social, FAT( pagamento do abono pis/pasep), seguro desemprego e transferir para os ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Infraestrutura. A matéria será votada no Congresso, conforme relata a matéria do jornal golpista Folha de São Paulo.
Por pressão dos parlamentares, o relator priorizou as verbas para os ministérios que são a vitrine para as obras cujas verbas são liberadas por eles, as tais verbas parlamentares. E como ano que vem é ano de eleições, precisam garantir os votos.
Os trabalhadores continuam a perder renda, benefícios sociais, ficam sem hospitais, medicamentos em meio a pandemia que bate recordes de infecção e mortes todos os dias. Enquanto isso as verbas do seguro-desemprego e da previdência, ou seja, recursos para amparar o trabalhador diante da crise, são destinadas a obras – cujos beneficiários serão os capitalistas da construção e toda a cadeia produtiva do setor.
A área da saúde teve como recursos apenas 25% do valor destinado a área de segurança nacional, as Forças Armadas, que por sinal foi uma das privilegiadas com o remanejamento feito no Orçamento.
O Orçamento apresentado pelo presidente ilegítimo Bolsonaro já era demasiado reduzido para os benefícios sociais, entenda-se previdência como as aposentadorias e pensões, pagamentos de auxílio doença, auxílio acidente de trabalho, e salários dos servidores públicos.
O ilustre senador Márcio Bittar (MDB-AC) piora ainda mais retirando verbas da área social e transferindo para o setor econômico. E ainda dizem que eles estão se opondo ao presidente. Na verdade, fazem até pior, como no caso do Orçamento.
Tanto o congresso como o Executivo demonstram preocupação apenas com a economia e o povo fica com cada vez menos condições de sobrevivência. Nada fazem para resolver as consequências da pandemia e da crise econômica, que tem afetado de maneira contundente a classe trabalhadora, e em muito menor grau aos capitalistas.
No Estado burguês, são os trabalhadores que sempre são chamados a pagar as contas das crises. Mas ao mesmo tempo a burguesia continua a fazer crescer seus rendimentos.
O congresso comprova, como dito inúmeras vezes neste Diário, que é um inimigo do povo brasileiros. Foram eleitos fruto do golpe de Estado e da fraude de 2018 com a ajuda dos capitalistas, que controlam o regime. Por isso nada fazem para beneficiar a população, que é a autêntica dona dos cargos parlamentares.
Diante desta situação, é preciso se organizar em conselhos populares e comitês de luta, para defender as reivindicações dos trabalhadores e obrigar os golpistas do Congresso a agirem em favor da população. Questão como os cortes no seguro-desemprego e na previdência só podem ser barradas assim, ou seja, através da mobilização popular.