Nesta segunda-feira (23), a Juíza Daniela de Carvalho Duarte, atendendo pedidos da CPI da OAS, autorizou a condução coercitiva de Luiz Marinho (PT) para depor como testemunha na Câmara Municipal.
A CPI da OAS, em operação desde agosto de 2020, procura investigar supostas propinas em obras contratadas durante o governo de Marino na prefeitura de São Bernardo (2009 – 2017).
Atualmente, Marino é presidente do diretório paulista do PT e, frente às acusações, já afirmou que os membros da CPI não passam de “instrumentos para a perseguição política”, negando tais irregularidades.
Frente a este episódio, fica claro que a burguesia perdeu sua criatividade. Afinal de contas, a narrativa de que algum elemento de esquerda teria cometido atos ilícitos envolvendo empreiteiras já foi utilizada diversas vezes nos últimos anos (o próprio Marinho foi envolvido no caso da Odebrecht quando era pré-candidato ao governo de São Paulo, em 2014). Sem contar no próprio caso internacional do Peru, demonstrando que esse é o modus operandi do imperialismo.
É preciso denunciar esta manobra e lutar pela anulação de qualquer processo envolvendo este caso. Pelo contrário, mais um precedente será definido para perseguir a esquerda por meio do aparato judiciário burguês. Por conseguinte, uma hora ou outra, esta ação prejudicará, mais uma vez, a luta da classe operária brasileira, podendo chegar inclusive ao próprio Lula, uma vez que o mesmo é próximo de Marinho.