A conservação de florestas e parques ambientais é motivo de muita polêmica desde o início do governo golpista de Jair Bolsonaro, que tem como ministro do Meio Ambiente uma pessoa altamente liberal e nenhum pouco preocupada com as verdadeiras problemas de seu ministério.
Nesta terça feira, 2, o ministro Ricardo Salles esteve em São Paulo para acompanhar a assinatura de um acordo com a empresa Genial Investimentos, que atua no mercado financeiro. Este acordo, que decorre do programa federal “Adote um Parque”, transfere para ela as responsabilidades relativas a conservação de 3,180 mil hectares da Área Relevante de Interesse Ecológico (Arie), situada entre os municípios de Manaus e Rio Preto da Eva, no Amazonas.
Além deste, a reserva Lago do Cuniã, situada no município de Porto Velho (RO) e também pertencente ao bioma da Amazônia, foi repassada para que o Carrefour administre e faça uso de sua imagem. São 75,8 mil hectares de reserva que agora estão à disposição dos interesse capitalista desta empresa, que recentemente esteve envolvida em uma grande polêmica no Brasil, após alguns de seus seguranças espancarem até a morte um cidadão negro em Porto Alegre (RS), demonstrando assim que essa é sua postura política de tratamento para com os brasileiros.
Ao todo, foram transferidos 132 parques ecológicos para a administração de empresas capitalistas. Dentre esse parques, estão o Parque Nacional da Amazônia, que possui 1,066 milhões de hectares, a Floresta Nacional do Tapajós, que possui 2,40 milhões de hectares, o Parque Nacional do Pico da Neblina, que possui 2,252 milhões de hectares, e o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com incríveis 3,865 milhões de hectares. A relação com todas as concessões foi publicada no Diário Oficial da União, nesta segunda, dia 1º.
Assim, a política entreguista dos ditos “patriotas” continua a todo vapor, sucateando o órgão de monitoramento deste parques – Instituto Chico Mendes (ICMBio) – e promovendo umas das maiores entregas de patrimônio florestal brasileiro para instituições que tem um único fim, o lucro.
Essa política não é nova, contudo se faz ecoar o silêncio dos partidos de esquerda e entidades do povo, que até o momento não realizaram nem mesmo as “bravatas” de cunho eleitoral, discursando no Congresso e em suas redes sociais. É preciso que haja uma forte mobilização pelo fora Bolsonaro neste momento em que a população está sendo saqueada de todas as formas. Esta mobilização tem que ser nas ruas, com os devidos cuidados necessários, e disposta à agitação geral da população, que se vê atordoada por tantos ataques.