A Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, nesta última semana, pediu ao presidente Joe Biden para que o mesmo boicotasse as Olímpiadas de Inverno da China em 2022. Sob falsos pretextos de perseguição religiosa da China contra os uigures – grupo muçulmano chinês, a comissão pediu para que o presidente não envie representantes para a Olímpiada, que acontecerá no ano que vem.
O fato vem sendo utilizado politicamente pelos Estados Unidos já a algum tempo, de forma que o governo norte-americano classificou a suposta perseguição como “genocídio”. Biden já afirmou, mais de uma vez, que existe a possibilidade de que nenhum atleta de seu país participe da competição. Segundo reportagem do portal Brasil 247, no mesmo relatório em que pede boicote à Olimpíada de Inverno na China, a comissão defende que os EUA continuem a impor sanções financeiras e de vistos direcionadas a agências governamentais chinesas e funcionários responsáveis por “violações sistemáticas, contínuas e flagrantes” à liberdade religiosa.
Os Estados Unidos vem atacando a China por todos os lados. A burguesia norte-americana quer, de toda forma, que Biden impeça o acontecimento do evento. Não obstante, os mesmos vêm, reiteradamente, tentando, também, banir atletas russos nas olímpiadas do Japão que ocorrerão este ano. Como denunciado pelo Diário Causa Operária durante os últimos meses. A decadência do imperialismo mundial, sobretudo o norte-americano, é evidente.
Desde o começo de seu governo, Joe Biden (ou o “mal menor” segundo a burguesia) vem ameaçando econômica e militarmente tanto a Rússia quanto a China, no intuito de unificar seu país no melhor estilo americano – através de uma guerra “justificada” contra algum país pobre. Entretanto, como vimos no caso da guerra contra a Síria, a Rússia e a China não estão mais caindo no jogo político dos presidentes estadunidenses. Neste caso, em específico, a Rússia não só ajudou, como também garantiu a vitória do povo Sírio contra os norte-americanos – fatos que os mesmos jamais admitem, como no caso do Vietnã.
Isso explica porque o boicote econômico que os EUA promovem contra a Rússia e China não tem mais sido suficiente para evitar o desenvolvimento destes como potências regionais, que ameaçam, por essa soma de fatores, a dominação do imperialismo mundial. É um fato que, na impossibilidade do imperialismo manter seu domínio através do nível atual de agressão aos demais países, o governo Biden está dando cabo à uma ofensiva que tem como objetivo recolocar a dominação dos EUA ao resto do mundo e em cima dos cadáveres dos países opositores ao seu governo.