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Organizar autodefesa

Acampamento Manoel Ribeiro (RO) é cercado pelo latifúndio

Golpe de 2016 intensificou repressão ao movimento camponês

No dia 13 de maio, 10 caminhonetes da polícia e um avião realizaram um novo cerco ao acampamento Manoel Ribeiro. Foi um cerco ilegal contra as famílias que vivem no acampamento para demovê-las de continuar a luta pela retomada completa das terras do latifúndio Santa Elina no município de Corumbiara-RO. Esse foi o palco do confronto armado entre camponeses contra pistoleiros e policiais militares em 9 Agosto de 1995, acontecimento conhecido como o massacre de Corumbiara.

No confronto foram mortos 9 camponeses entre os quais a menina Vanessa de 7 anos, 2 policiais militares é um número desconhecido de pistoleiros contratados por latifundiários da região chefiados por Antenor Duarte militar reformado. Após esse evento o latifúndio foi dividido em 4 fazendas e nos anos seguintes a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) organizou as massas para retomar aquelas terras parte por parte e formaram o acampamento Manuel Ribeiro. Atualmente mais de 150 famílias vivem e trabalham nessas terras desde agosto de 2020.

Durante todo o dia do cerco, a imprensa burguesa de Rondônia e seus satélites têm feito um intenso trabalho de propaganda contra os camponeses, o acampamento e a favor dos latifundiários, narrando que os camponeses estavam efetuando troca de tiros com a polícia que praticavam furtos e matança de gado, tratando os como terroristas para justificar cerco é a repressão contra o acampamento.

Este ato é uma consequência da ofensiva contra o movimento camponês que se escalou desde golpe de estado de 2016 e que encontra apoio do atual presidente ilegítimo Jair Bolsonaro. No dia Primeiro de Maio o presidente fascista se reuniu com os latifundiários da associação brasileira de criadores de Zebu. Na situação, atacou luta dos camponeses e a LCP passando desde então a planejar com o governador do estado o coronel Marcos Rocha e seu secretário de segurança pública também coronel Hélio Pachá novas operações de despejo com o reforço da força nacional de segurança. Também dia 7 de maio em ato de inauguração da ponte sobre o rio madeira na divisa de Rondônia e Acre voltou a atacar a LCP acusando a de terrorismo e fez ameaças de repressão.

É preciso reagir a essa ofensiva. Os trabalhadores do campo e movimentos de luta pela Terra precisam se organizar como medida absolutamente urgente em comitês de autodefesa para se contrapor às investidas agressivas e brutais da extrema direita no campo.

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