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Não há vacina

A “ciência” de Doria vai por água abaixo

Sem vacina, sem insumos e sem plano, Doria mostra na prática a ação genocida da burguesia

Em meio a chamada “guerra da vacina”, João Doria tornou-se o homem escolhido pelo principal setor da burguesia a representar a luta da direita “democrática” contra as “trevas” bolsonaristas. No entanto, após um evento extremamente demagógico realizado no dia 17 de janeiro, as vacinas acabaram em São Paulo, e agora o governo estuda utilizar todas as vacinas disponíveis para a primeira dose.

O prazo inicial de vacinação da população saltou inicialmente do dia 25 de janeiro para o dia 8 de fevereiro. Contudo, com o mês de fevereiro cada vez mais próximo, a vacinação foi novamente adiada para o final de março.

Não há vacina

De acordo com os dados oficiais do governo de São Paulo, atualizados pelo chamado “vacinômetro”, o estado já teria vacinado 148 mil pessoas, e haveria distribuído 6 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac Life Science, da China. A pretensão era de realizar a vacinação com um total de 8,7 milhões de doses na segunda remessa, com dada indicativa para meados de abril.

Porém, tais números representam um futuro catastrófico para a campanha de vacinação. Em oito dias de vacinação, menos de 150 mil pessoas foram vacinadas. Nesse ritmo, a nível nacional, seriam necessários ao menos 7 anos para  a vacinação completa da população brasileira.

Agora, com o desenvolvimento desta campanha, fica ainda mais claro outros problemas, que demonstram que a situação é muito pior do que parece.

Com a falta da vacina e seus insumos, Doria gastou praticamente tudo que tinha no seu “show” da vitória, onde supostamente inaugurava a campanha de vacinação. Como se não bastasse, o governador fascista ainda deseja liquidar a segunda dosagem da vacina, que representa 50% do lote de compras.

Para se ter uma dimensão mais concreta, é necessário pontuar que a reaplicação da vacina exige vacinação do paciente no máximo 21 dias após a primeira dose. Dessa maneira, com a liquidação da segunda dose, João Doria pretender estender o prazo, podendo levar assim a até 43 dias para a segunda dose de vacinação.

Está política é totalmente genocida e catastrófica. Doria, o “científico”, não apenas mentiu anteriormente a respeito da eficácia da vacina, que de 90% baixou para 49% de eficácia, como também agora pretender simplesmente “estender” sem qualquer base material científica o prazo de validade, para aplicação da segunda dose.

Ataque contra o povo

Todo este problema mostra a enorme politicagem que está por trás de toda esta operação. Doria não quer vacinar o povo, e muito menos se importa que estará usando as fracas vacinas da maneira correta, o seu principal interesse está na luta econômica e na sua garantia de candidato do centro político nas eleições de 2022.

Em outros locais do mundo, a vacinação ocorre de maneira completamente diferente, mesmo em países mais atrasados economicamente que o Brasil. Na Turquia, por exemplo, a vacinação contra o novo coronavírus atingiu a marca de mais de 1 milhão de pessoas em todo País, além disso, possui outras 6 milhões em estoque. Em apenas dois dias, 600 mil pessoas foram vacinadas, isso utilizando, também, a vacina chinesa Coronavac.

Já na China, país criador da vacina utilizada por Doria, mais de 15 milhões de pessoas foram vacinadas, isso enquanto o País revende milhões de doses para todo o mundo.

Doria dessa maneira não apenas mente ao povo, como decide empurrá-lo a uma situação ainda pior. O Brasil, sequer está entre os 15 primeiros países com maior taxa de vacinação, perdendo inclusive para Índia, país que sofreu graves consequências com o desenvolvimento do coronavírus.

Com esta política, a burguesia brasileira pretende investir o mínimo possível no processo de vacinação. Não há como, de maneira deliberada, decidir o prazo de validade e muito menos reduzir a compra de vacinas em um governo minimamente democrático.

O que se revela é que há no Brasil uma verdadeira ditadura, onde longe de qualquer interesse popular, o que se  busca é lucrar em cima do genocídio da população. Hoje, a vacinação em São Paulo por João Doria, tal como a vacinação nacional por Jair Bolsonaro, encontra-se em um grande impasse.

Nada evoluiu desde a primeira compra dos lotes chineses de vacinação. A burguesia paulista chegou a anunciar toque de recolher como maneira de enganar a população com uma suposta política de controle da pandemia, tudo isso graças a total ineficiência do processo de vacinação em todo país.

Doria, que é usado como o garoto propaganda da burguesia golpista e elogiado inclusive por setores da esquerda pequeno-burguesa, abandonou qualquer previsão de vacinação real da população e lhe restou a mais insignificante demagogia com o povo.

Esta situação coloca novamente a necessidade de que a campanha de vacinação esteja nas mãos da população, a verdadeira interessada em todo este processo. Enquanto a burguesia brasileira tem a vacina em suas mãos, a fraude, o genocídio e a politicagem de baixo nível se mantém contra todo o povo brasileiro.

 

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