A terra Yanomani na região Amazônica, está sendo assolada por desnutrição infantil e malária, provocada pela presença do garimpo ilegal e da destruição do sistema de saúde público (SUS-SESAI). Com o avanço da extração ilegal de ouro que da maneira descontrolada acaba contaminando os rios e destruindo os recursos naturais, os indígenas acabam ficando doente através da contaminação por beber água ou alimento contaminado e, doentes, os adultos não conseguem buscar comida para a família, ou cultivar plantações, o que atinge diretamente as crianças, os mais vulneráveis.
O garimpo ilegal não é uma atividade nova, porém esta sendo fomentada pela direita. Nos últimos anos, a atividade cresce e se profissionaliza. O governo faz vista grossa. A direita, o governo em vigor, é o responsável pelo estado de miséria e descaso do povo Yanomami.
São mais de 370 mil aldeias em 10 milhões de hectares que se localizam no estado de Roraima. A reserva Yanomami é a maior do pais, são ao todo 28 mil indígenas que vivem isolados geograficamente em comunidades de dificil acesso.
Mais de metade da população infantil Yanomami está muito abaixo do peso, em costelas aparentes. O número de mortes triplicou comparando 2016 a 2020.
Alguns remam por duas horas em busca para as crianças que ardem em febre. O esforço é em vão. Quando chegam a comunidade de Xaruna, o helicóptero que podia levar até a um posto médico já havia partido. Encontram apenas um técnico de enfermagem acompanhado de frascos de dipirona, xarope para tosse e uma balança. Em dois anos, essa era a primeira visita de um profissional da saúde na região. Puro descaso, existe orçamento. Existe solução.
Fica evidente que o plano da direita é colocar os indígenas em situação máxima de vulnerabilidade como fome e doenças para que não consigam reagir aos ataques e a invasão de suas terras realizada por latifundiários e mineradoras.
Esse é o verdadeiro estado dos indígenas no Brasil. Descaso, miséria e doenças assolam as aldeias e é preciso reagir pautando um programa para os povos indígenas que os retirem dessa situação. Não são com pautas ditas pelas ONG´s e muito menos pelos países imperialistas, como as pautas ambientais e do clima, e outras que não contemplem os povos indígenas e colocar em pauta suas verdadeiras reivindicações como reforma agrária, demarcação imediata de suas terras, saúde, alimentação e educação, colocando os indígenas como brasileiros que são e com seus direitos de qualquer cidadão brasileiro.