Mais uma indústria, no Brasil, anunciou o fechamento de uma das suas unidades. Desta vez foi a norte-americana 3M, , que fechará sua fábrica em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, que fabrica produtos odontológicos.
Com o fechamento, a empresa lança na rua da armadura 120 pais de famílias que, agora se somarão aos mais de 15 milhões de pessoas desempregadas no país (dados oficiais).
A justificativa da 3M, para atacar os trabalhadores e a economia nacional, é a política da moda dos grandes banqueiros e capitalistas: a tal da “reestruturação” e, na tentativa de se saírem bem na fita se utilizam do velho papo furado de que os trabalhadores “estão recebendo apoio, incluindo um pacote de indenização, benefícios e treinamento para recolocação no mercado”.
Numa economia que está ladeira abaixo, com milhões de desempregados, dezenas de milhões abaixo da linha da pobreza, milhares de indústrias fechando as suas portas, acredite quem quiser que esses trabalhadores, que agora estão desempregados, poderão se realocar no mercado de trabalho. É a mais pura demagogia dos patrões, um cinismo atroz para, às custas da miséria dos trabalhadores manterem os seus lucros.
A reestruturação que a 3M alega é a mesma que vem sendo praticada em outras grandes empresas, como por exemplo nos bancos que, devido a essa mesma política, já jogou no olho da rua dezenas de milhares de trabalhadores, ou como vem acontecendo nas empresas estatais que, em nome da reestruturações o governo golpista de Bolsonaro está demitindo milhares de trabalhadores como forma de pavimentar o caminho da privatização do patrimônio do povo brasileiro.
A norte-americana 3M, da mesma forma que outras multinacionais que estão fechando as suas portas no Brasil, Ford, Sony, Mercedes-Benz, General Mills, etc., depois de receber anos a fio muito dinheiro públicos, através de isenção de impostos, empréstimos subsidiados, etc., agora resolvem, de uma hora para outra, deixar na rua da amargura os trabalhadores.
As organizações de luta da classe operária não devem aceitar mais esse ataque. Nesse momento que a direita golpista e toda a burguesia atacam os trabalhadores é necessário recorrer aos métodos de luta da classe operária para frear a ofensiva reacionária dos patrões. Ocupar as fábricas e colocá-las para funcionar sob o controle operário. É preciso impulsionar essa perspectiva em outros locais de trabalho, nas entidades sindicais, nos movimentos de luta, nos bairros operários, para se somarem à luta dos trabalhadores da 3M pela manutenção dos seus empregos e direitos.