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Não ao genocídio e a ditadura

1º de maio: Nas ruas, contra o golpe e o genocídio

No Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, romper a paralisia e se opor à política de conciliação com os golpistas, saindo às ruas pelas reivindicações dos trabalhadores

Depois da importante vitória política dos 32 atos contra a ditadura de ontem e de hoje, realizados no último dia 31 de março, realizados por iniciativa do PCO e dos Comitês de Luta, coloca-se a perspectiva de como dar continuidade a mobilização independente dos trabalhadores e da esquerda diante da crise. Na última quarta-feira, os atos reuniram mais de 2 mil pessoas na maioria das capitais, em todas as regiões do País e em diversos países da Europa e América do Norte.

Trata-se de uma questão emergencial já que o País caminha para ultrapassar o número de 500.000 pessoas mortas na pandemia em números oficiais. O que – de fato – já deve ter ocorrido considerando-se a subnotificação e a falsificação das informações que são uma das marcas da situação atual. Além disso, estimativas apontam que o País tem mais de 100 milhões de pessoas em situação de fome, em diferentes níveis; resultado concreto do recorde de desemprego que atinge, pela primeira vez, a maioria da classe trabalhadora e da política da burguesia e dos seus governos de “deixar o morrer”, enquanto buscam salvar os negócios dos banqueiros e outros tubarões capitalistas.

Dia 31 mostrou um caminho contra a política de conciliação

A iniciativa da esquerda revolucionária e classista no último dia 31, ou seja, do PCO e que contou com adesões e apoios de importantes setores do ativismo de quase todos os partidos da esquerda (em distintos lugares e níveis diferentes)  quebrou a paralisia imposta pela política da maioria das direções da esquerda que apoia a direita golpista “contra” Bolsonaro e dá sustentação à extrema direita no poder por meio da política de frente ampla. Essa frente dirigida pela direita tradicional, que tenta se disfarçar de “centro”, não quer derrotar Bolsonaro porque seus principais líderes como FHC, Doria, Covas, João Leite, Luciano Huck (todos do PSDB), Rodrigo Maia, Mandetta (do DEM), Kassab (PSD), Baleia Rossi (MDB) etc. são os “pais” de Bolsonaro e – de fato – impõem em seus governos estaduais e municipais e no Congresso Nacional, a mesma política do governos ilegítimo de Bolsonaro que eles ajudaram a se eleger.

Seus partidos aprovaram todas as medidas contra os trabalhadores no Congresso Nacional e nos governos locais, agora procuram se apresentar como a alternativa direitista a Bolsonaro. O objetivo é levar adiante a política pró-imperialista e anti-operária que Bolsonaro tem dificuldade de impor. Quando no governo federal e nos governos estaduais e municipais, esses senhores impuseram mais privatizações que Bolsonaro, mais arrocho salarial, mais repressão aos trabalhadores, até o momento… Na pandemia, são sócios minoritários do genocídio, não tendo adotado quaisquer medidas efetivas de proteção às populações a não ser fazer discursos, encenações e reuniões nas quais buscaram um entendimento com o governo federal comandado pela extrema-direita, ao qual – inclusive – desejaram “sucesso”. 

Não querem derrubar Bolsonaro, querem aprofundar a política de ataques ao povo que Bolsonaro tem dificuldades de levar adiante.

Os atos de 31 de Março indicaram outro caminho, o da luta contra o genocídio e a ditadura. Não foram somente importantes manifestações de rua, mas também parte de um processo de mobilização que está se desenvolvendo por força da necessidade real da classe trabalhadora e de todos os explorados de saírem à luta, às ruas, por suas reivindicações, em defesa de suas próprias vidas, que não serão defendidas por nenhuma das alas da direita. Tratou-se de um movimento que se opôs, na prática, à paralisia da imensa maioria da esquerda burguesa e pequeno-burguesa que usa a pandemia como pretexto para não realizar nenhuma luta real contra a direita e que mantém sua política de rendição à ala dita “democrática” e “científica” da burguesia golpista, mas que é tão genocida quanto Bolsonaro. 

Os próximos passos

Com as atividades da última semana, fortaleceu-se a luta por uma política independente para a esquerda e para todo o movimento de luta dos explorados do campo e da cidade. A luta por uma alternativa própria dos trabalhadores diante da crise:  por colocar para fora Bolsonaro, Doria e todos os golpistas; conquistar eleições democráticas, com Lula candidato; 

Essa perspectiva deve ser aprofundar, de imediato, no fortalecimento dos Comitês de Luta no Brasil e no exterior e na convocação de uma grande mobilização classista no dia 1º de Maio, Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, nas ruas, contra o genocídio, pelas reivindicações do povo trabalhador e por uma saída própria dos trabalhadores diante da crise.

A evolução da situação aponta que o 1º de Maio deve ocorrer em uma situação de maior colapso, com novo recorde de mortos no mês de abril, estima-se de pelo menos – 100 mil óbitos no mês e até 5 mil mortos por dia. As alternativas apresentadas pelas duas alas da burguesia mostram-se totalmente fracassadas, como nos casos da farsa da vacinação sem vacina; como do lockdown parcial e “toque de recolher” sem oferecer as mais elementares condições de isolamento para a imensa maioria do povo; o mísero auxílio emergencial (média de R$250) a ser pago a uma parcela dos necessitados etc.

Diante disso, parte da esquerda aponta no sentido de reeditar a criminosa iniciativa adotada no ano passado, quando quase toda esquerda abriu mão de celebrar o Dia internacional de Luta da Classe Trabalhadora e de usá-lo para impulsionar a luta pelas reivindicações populares. A maioria desses setores aponta mais uma vez para uma atividade fictícia, na internet, ou seja, sem qualquer mobilização real, feita apenas para “registrar presença”.

Mais grave ainda, muitos setores defendem a reedição do ato vergonhoso do ano passado, no qual lideranças dos trabalhadores e vítimas do golpe de Estado (como os ex-presidentes Lula e Dilma) participaram do ato ao lado de verdadeiros criminosos políticos, inimigos dos trabalhadores, verdadeiros carrascos do povo como FHC (PSDB), Marina Silva (Rede) etc. que participaram do golpe de Estado e ajudaram a aprovar toda a política de ataques aos trabalhadores.UNIDOS: 1º de Maio virtual das centrais une de Lula, FHC e Ciro em atos  contra Bolsonaro | Blog do BG

Contra essa política de traição aos trabalhadores e à luta da classe operária no Brasil e no Mundo, o PCO e os Comitês de Luta irão realizar um amplo chamado à realização de uma verdadeira manifestação classista, internacionalista e de luta, nas ruas.

Um programa para a mobilização

Para impulsionar mobilização é preciso levantar as reivindicações fundamentais do povo trabalhador diante da crise, um programa de luta contra a política de Bolsonaro e de toda a direita, um programa de enfrentamento com a burguesia golpista e genocida

Dentre aspectos centrais desse programa, destacamos:

  • Contra a pandemia – testagem em massa; medidas de emergência para garantir o atendimento da população, vacinação em massa, com a imediata quebra das patentes e fabricação da vacina em larga escala no Brasil pelos institutos e fundações públicas. Controle do processo de vacinação pelas organizações dos trabalhadores e da área da saúde pública.
  • Contra a fome e a miséria, é preciso impor as necessidades da maioria do povo aos os interesses de um punhado de bilionários, como a  defesa do emprego por meio da imediata redução da jornada de trabalho para – no máximo  – 35 horas semanais e o pagamento imediato de auxílio emergencial para todos os necessitados, de no mínimo um salário mínimo.

Estas e outras medidas só podem ser impostas por meio de uma ampla mobilização popular, liderada pela classe operária e por suas organizações de luta, nas ruas, contra os governos genocidas de Bolsonaro, Doria e companhia. Nesta luta, uma arma fundamental da esquerda e dos explorados, para impulsionar a necessária mobilização, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reiteradas vezes manifestou sua disposição de se colocar à disposição do povo brasileiro para lutar contra a direita e seus duros ataques à imensa maioria da população.

Nestas condições, ganha ainda maior importância a defesa da candidatura presidencial, ao lado da luta por Fora Bolsonaro e todos os golpistas, que devem ser bandeiras centrais da mobilização do 1º de Maio, sem patrões e sem golpistas.

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