Fora o imperialismo

Uma tentativa escancarada de invasão imperialista contra a Venezuela

A cada dia que passa o envolvimento dos EUA nas ações de invasão do país vizinho ficam mais evidente

A agência de notícias americana AP publicou no começo de maio uma reportagem a respeito dos planos organizados na Colômbia com a ajuda das forças americanas para invadir a Venezuela e provocar uma revolta militar que derrubaria o governo de Nicolás Maduro.

Uma das primeiras iniciativas neste sentido fora os ataques do último dia 3.

Embora essa agência alegue não ter encontrado evidência da participação oficial do governo dos Estados Unidos nos referidos planos, os testemunhos apresentados na reportagem mostram o nível de participação dos assessores daquele país e o conhecimento de importantes figuras da oposição venezuelana.

Um comentário: achar evidência de participação oficial do governo dos EUA no plano golpista é algo quase impossível, pois esse país quase sempre oculta sua participação em intervenções e golpes de estado. Se não existir uma suposta “razão humanitária” para invadir algum país abertamente, os EUA acabam usando os seus fantoches locais – por exemplo, a burguesia brasileira e seus militares em 1964 – e empresas privadas, organizações e institutos de fachada. No caso da invasão de 03/05 temos as duas coisas: os fantoches da oposição venezuelana e a empresa Silvercorp, fundada e dirigida pelo ex-boina verde estadunidense Jordan Goudreau.

Segundo a AP, o plano era basicamente colocar 300 mercenários fortemente armados em território venezuelano. Ao longo do caminho, atacariam bases militares no país e provocariam uma rebelião popular e militar que terminaria na prisão do presidente Nicolás Maduro.

Esses 300 mercenários são basicamente desertores venezuelanos que estão na Colômbia há aproximadamente um ano.

O planejamento para o ataque começou após a tentativa frustrada de golpe de estado em 30 de abril de 2019 por um grupo de soldados que jurou lealdade ao possível substituto de Maduro, Juan Guaidó, líder da oposição golpista e apoiado pelos EUA.

Algumas semanas depois, alguns soldados e políticos envolvidos na rebelião fracassada se retiraram para o hotel JW Marriott em Bogotá, Colômbia. O hotel era um centro de intrigas entre os exilados venezuelanos, muitos deles militares desertores acusados ​​de tráfico de drogas,financiadores obscuros e ex-oficiais de Maduro buscando redenção.

Foi nesse hotel de Bogotá que aparentemente foram traçados os planos para a invasão.

Outra evidência importante do envolvimento dos EUA na invasão é a apreensão neste ano por parte da polícia colombiana de armas e equipamentos no valor de cerca de US$150 mil, incluindo telescópios, óculos de visão noturna, rádios bidirecionais e 26 rifles de assalto fabricados nos EUA com o números de série apagados. Quinze capacetes marrons foram fabricados pela High-End Defense Solutions, um fornecedor de equipamentos militares de Miami pertencente a uma família de imigrantes venezuelanos.

Essa High-End Defense Solutions é a mesma empresa que Goudreau visitou em novembro e dezembro do ano passado, supostamente para obter armas, de acordo com dois ex-soldados venezuelanos que alegam ter ajudado os americanos a selecionar a equipe de mercenários.

As conexões entre o mercenário Goudreau e pessoas próximas a Donald Trump e Juan Guaidó, as armas e outros equipamentos apreendidos, o GPS do barco usado na invasão indicando que saiu da Colômbia, tudo isso parece ser apenas a ponta do iceberg que é a invasão frustrada de 03/05 e que aponta para um maior envolvimento do governo dos EUA em mais uma tentativa de golpe de estado na América Latina. Para nós, aqui no Brasil, que sofremos um golpe de estado em 2016 também no interesse do imperialismo dos EUA, não há surpresa alguma nisso.

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