Na quarta-feira passada, a candidatura à prefeitura de Paranaguá (PR) do Partido da Causa Operária recebeu apoio de dirigentes sindicais das categorias de rodoviários, alimentação e vigilantes.
O PCO defende um programa de mobilização dos trabalhadores sobre a base de suas reivindicações fundamentais, como um salário mínimo vital de 5 mil reais para garantir condições mínimas de existência para uma família trabalhadora, escala móvel de salários para impedir a corrosão dos salários pela inflação, redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais e um plano de obras públicas para combater o desemprego e gerar postos de trabalho para todos. As candidaturas do PCO não fazem demagogia, promessas vazias e semeiam ilusões nas eleições, conforme se observa nos candidatos dos partidos burgueses e da esquerda pequeno-burguesa por todo o país.
O apoio dos setores mais conscientes e organizados da classe trabalhadora demonstra uma evolução política da classe, que vê no Partido da Causa Operária um partido que representa verdadeiramente seus interesses. Setores do PT também decidiram apoiar a candidatura do PCO, pois a direção municipal daquele partido abdicou da candidatura própria e se integrou à chapa encabeçada pelo PDT como vice, o que coloca o PT a reboque de um partido burguês e golpista, visceralmente ligado à política da Frente Ampla, promovida pela burguesia golpista. A base lulista do PT revoltou-se completamente contra essa situação. Paranaguá é uma cidade operária, localizada na região portuária do Paraná, a mais antiga e uma das mais importantes do Estado.
É preciso destacar que o PDT e Ciro Gomes cumpriram papel de importância nas manobras políticas que permitiram que Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido) chegasse à presidência da República. Ciro Gomes procurou dividir o eleitorado do PT em 2018 e se dedicou a atacar o PT e Lula sem fazer nada para combater o governo Bolsonaro. O ataque violento ao PT por parte de Ciro era uma forma indireta de fortalecer Bolsonaro.
Os companheiros do PT que manifestaram apoio à candidatura do PCO em Paranaguá são aqueles que se destacaram no movimento de luta contra o golpe de Estado contra a presidenta eleita Dilma Rousseff e contra a condenação e prisão do ex-presidente Lula, esta última levada adiante com o objetivo de não permitir que Lula, o candidato mais popular do país, que estava em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais, vencesse as eleições presidenciais de 2018. O sindicato dos Rodoviários participou da campanha de mobilização pela candidatura de Lula.
O apoio dos sindicatos é sintomático de que a consciência da classe operária se desenvolve. É preciso ter clareza de que o PCO e seu programa representam os interesses dos operários na luta contra exploração capitalista, pela revolução proletária e pela constituição de um governo operário, composto pelos trabalhadores da cidade e do campo e suas organizações de classe. A ligação dos sindicatos com o Partido da Causa Operária sempre foi estreita, pois aqueles percebem que, na prática, o PCO procura defender incondicionalmente os sindicatos, aumentar sua combatividade e defende intransigentemente sua independência frente a burguesia e seu Estado.
Carlos Alberto, membro do sindicato há 30 anos, declarou que vai votar no PCO por causa da luta pela causa dos trabalhadores e pelo Fora Bolsonaro. Diversos companheiros do PT, que participam do Comitê de Resistência Carijó contra o Golpe, afirmaram que votarão 29, por Fora Bolsonaro e Lula Presidente.
Segundo relato do candidato Emmanuel Lobo, a campanha eleitoral do PCO tem contado com apoio de estudantes, professores, portuários, petroleiros, servidores públicos municipais, condutores e diversas outras categorias de trabalhadores. A sistemática deterioração das condições de vida, fruto da política neoliberal de Jair Bolsonaro, a falência política da esquerda pequeno-burguesa que aderiu à Frente Ampla, fazem com que amplos setores da população vejam na mobilização e na candidatura do PCO uma forma efetiva de luta por suas reivindicações fundamentais.
A campanha eleitoral dos candidatos do Partido da Causa Operária tem sido feita entre a classe operária, principalmente nos bairros operários e fábricas. Em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, por exemplo, diversos bairros operários foram visitados pelos militantes com materiais da campanha Fora Bolsonaro e Lula Presidente. O objetivo é elevar o nível de consciência política da classe operária, de forma a impulsionar a mobilização popular contra o regime político golpista e a extrema-direita fascista. Entre os operários, o chamado à mobilização encontra enorme aceitação.
Os candidatos do PCO salientam que as eleições não vão resolver os problemas da população, qualquer que seja seu resultado, pois a burguesia e seus partidos políticos mantém o controle sobre o regime. Somente a organização e mobilização revolucionária podem oferecer uma saída real aos problemas e necessidades dos trabalhadores.