A Secretaria Estadual de Saúde informou, neste sábado (02), que já são 10. 546 casos de infecção pelo coronavírus e 971 óbitos no Estado do Rio de Janeiro. Nas 24 horas anteriores da divulgação dos dados, foram registradas 50 mortes.
O Rio de Janeiro é o município com maior número de óbitos registrados (603), seguido de Duque de Caxias (83), Nova Iguaçu (40), Niterói (26) e São Gonçalo (23). Em relação à taxa de infecção, o Rio de Janeiro registrou 6.448 casos. Na sequência Duque de Caxias (458), Nova Iguaçu (415), Niterói (410), São Gonçalo (291) e Volda Redonda (273). Há de se ter em consideração a subnotificação dos dados, o que aponta para que os números de casos de infecções e mortes sejam muito superiores.
O Rio de Janeiro é o segundo Estado mais rico da federação, atrás apenas de São Paulo. Sua situação é reflexo das políticas neoliberais que têm sido implantadas pelos governos de direita, que assumiu sua principal face com o golpe e Estado que resultou administração Wilson Witzel (PSC).
Witzel tem implementado uma política de genocídio contra a população pobre do Rio de Janeiro. Em diversas ocasiões, o governador fascista participou pessoalmente em operações policiais por helicópteros em favelas cariocas e comemorou publicamente assassinatos cometidos pela polícia militar. O aparelho de repressão estatal ganhou carta branca para matar, desde que seja a população negra e pobre das centenas de favelas da cidade e do Estado.
É preciso organizar uma ampla mobilização popular pela derrubada do governador fascista e de todo o bloco político golpista no Rio de Janeiro. Os partidos de esquerda, as organizações operárias e populares e os sindicatos devem estar à frente desse movimento.
O problema é que com os sindicatos fechados, fica impossível oferecer resistência ao avanço da extrema-direita fascista. A pandemia do coronavírus está sendo aproveitada pela direita, no sentido de avançar em seu projeto de ataque às condições de vida do povo e retirar direitos históricos conquistados pela luta. Mesmo com relação à pandemia, o que se tem visto é a total passividade dos governos direitistas, que deixam a população à mercê da sorte.
As redes públicas de saúde, tanto a estadual quanto a municipal do RJ, entraram em colapso. Nos postos de saúde e hospitais públicos faltam tudo, até mesmo os equipamentos de proteção individual mais básicos para os profissionais da saúde realizarem os atendimentos com segurança. O RJ apresenta alta taxa de infecção de profissionais da saúde no exercício de suas funções.
Não é possível resolver a situação sem a mobilização popular pelo Fora Witzel.