Em sua edição desta terça-feira (8), o órgão de imprensa cubano Prensa Latina, fundado por Che Guevara, repercutiu a campanha do PCO por Lula presidente. Leia a matéria na íntegra:
Partido no Brasil apresenta campanha à presidência de Lula em 2022
O Partido Causa Operária (PCO) anunciou hoje que aprovou o início de uma campanha a favor da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva às eleições presidenciais de 2022 no Brasil.
Em entrevista à TV 247, a direção do PCO, Rui Costa Pimenta, confirmou que tal ação foi pactuada na organização política na contramão de setores que defendem o isolamento do fundador do Partido dos Trabalhadores e a sua reforma antecipada.
Ele explicou que ‘quando a burguesia atacou, eles sabiam que o grande problema do golpe no Brasil, se uma ditadura militar não ia se instalar, era Lula’.
Ele alertou que, para encerrar a trama, ‘o que seria algo muito negativo, os golpistas preferem colocar o ex-chefe de Estado em uma espécie de ostracismo político’.
Ele reconheceu que, se o PCO tivesse uma pessoa com a estatura eleitoral do ex-presidente, ‘ninguém diria que ele teria de ser substituído’.
Para Costa Pimenta, o ex-dirigente sindical é o único dirigente capaz de provocar crise na direita e nas demais tendências, e as lideranças populares não se formam da noite para o dia.
‘É difícil uma figura sair com uma história de luta e com a escala eleitoral que Lula tem’, frisou.
Em mais de uma ocasião, o ex-presidente deu a entender que não tinha intenção de concorrer à presidência.
‘Para ser candidato, eu teria que ter cem por cento de saúde, fazer dez discursos por dia. Não posso ser candidato e continuar velho no palácio (do Planalto, sede do Executivo). Já cumpri minha cota. Espero que o PT e o Brasil não precise de mim’, disse ele em abril, em entrevista ao portal de notícias UOL.
Ele comentou que ‘quando digo que quero recuperar a democracia no Brasil, não quer dizer que tenha que voltar à presidência’.
Mas, disse ele, ‘quero recuperar meus direitos políticos. Porque os canalhas que me puniram não têm a dignidade que eu tenho.’
Embora recuse ser candidato ao poder em 2022, ele reconheceu que gostaria de enfrentar o ex-juiz Sérgio Moro nessas eleições, que o condenou sem provas por supostos atos de corrupção.