Enquanto a classe média e os governadores fazem ostensivamente a campanha “ fique em casa”, os trabalhadores e a população pobre são expostas ao perigo iminente de contrair o vírus do Covid-19. Além disso, a rede pública está completamente despreparada para atentar a quantidade de doentes que chegam aos milhares nos hospitais.
Para obrigar os trabalhadores ao trabalho durante a “ quarentena” seletiva, além da abertura programada do comércio, toda uma sorte de atividades são classificadas de “ essenciais” para poder fugir das restrições do isolamento social, e permitir o lucro dos patrões, mesmo a custa da saúde do trabalhador.
O prefeito de Belém quer que as trabalhadoras domésticas são incluídas na categoria de trabalho essencial. A burguesia parasitária quer que as domésticas trabalhem nas casas dos patrões para morrer de coronavírus.
Para trabalhar as domésticas terão que se expor nos transportes coletivos aborrotados, em nenhuma condição de proteção. Trabalharão em suas mansões, mas não terão acesso ao seu plano de saúde, nem medidas protetivas. A direita aproveita da pandemia para promover a destruição da legislação em favor das domésticas.
