A ligação do fascista Jair Bolsonaro com a milícia fica cada vez mais evidente, este último caso de Adriano da Nóbrega é uma representação concreta de que forma o governo Bolsonaro se organiza.
Após o assassinato de Marielle Franco, ex-vereadora do PSOL no Rio de Janeiro por membros da polícia brasileira aclamados por Bolsonaro, uma série de indícios pouco a pouco vem à tona sobre as milícias, a participação dos órgãos de repressão de estado em uma série de crimes e a formação de grupos fascistas por todos os lugares.
Recentemente, o ex-capitão do BOP, Adriano da Nóbrega foi assassinado na Bahia logo após a revelação de seu envolvimento no caso Marielle.
Adriano é acusado de ser fundador de um grupo de matadores no Rio de Janeiro, responsável por assassinar bicheiros, inimigos locais, políticos, etc. Em uma lista que preenche toda a primeira década do século, com intensa atividade na região.
No mesmo período em que mantinha tais atividades, Adriano foi homenageado pela família Bolsonaro, mesmo após uma série de denúncias. Agora, com revelações do caso Marielle voltando a aparecer na imprensa devido a forte crise que o governo Bolsonaro se encontra, a polícia deu um jeito de silenciar de vez uma importante figura, diretamente relacionada com as milícias do Rio de Janeiro.
Anteriormente, o ministro Sérgio Moro não colocou o nome de Adriano na lista dos maiores procurados pelo estado brasileiro, e agora, o governo Bolsonaro sai novamente em defesa do mesmo, declarando-o como vítima de uma operação criminosa, chegando ao ponto de até mesmo dizer que partidos da esquerda, como o PT, poderiam estar envolvidos com isto.
Fato é que Adriano, ao que tudo indica, já sabia que era procurado pela polícia e que seria assassinado. Seu advogado relata o caso, e sua mulher denuncia que em conversa por telefone, ficou claro que o mesmo seria morto.
A operação foi realizada pela polícia da Bahia, e Jair Bolsonaro prontamente resolveu declarar a necessidade uma autópsia própria e independente no corpo do miliciano.
O envolvimento entre Adriano e a família Bolsonaro era profundo ao que tudo indica, as homenagens, a participação em eventos, etc, marcam uma relação que culmina no assassinato de Marielle.
Devido ao forte envolvimento de Adriano, as possibilidades de sua morte terem sido queima de arquivo são altas. O mesmo era até então protegido por Bolsonaro e tinha uma série de informações fundamentais.
Este caso, denota novamente o total envolvimento do governo com as milícias, da relação dos órgãos de repressão com os assassinatos políticos e sobretudo do forte financiamento que Bolsonaro da a organização da extrema-direita. Em um caso de fascismo escancarado, fica visível a necessidade de colocarmos um fim neste governo.
O Fora Bolsonaro é uma necessidade urgente na luta contra o fascismo.