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Ato não, live!

O fracasso do “ato” das “centrais” sindicais de brinquedo

No dia de luta da classe operária mundial a esquerda pequeno burguesa realiza live, depois de mudar de ideia sobre participar de ato da frente ampla.

Desde os primórdios de abril, a esquerda pequeno-burguesa realizou um enorme esforço para impor a política de frente ampla também no 1° de maio, usando até mesmo o feriado da páscoa para buscar as alianças com os setores inimigos dos trabalhadores. Naquela ocasião, o deputado Marcelo Freixo do PSol fez uma profunda demagogia com inimigos de classe do povo: “Lembrar a Ressurreição é celebrar a vida. Esse é o sentido da Páscoa, comemorar a vitória da vida sobre a violência e o ódio. Que a essência deste dia nos inspire a sermos melhores, mais solidários e cuidarmos uns dos outros. Juntos nós vamos superar essa crise”
Desde Abril, líderes da esquerda pequeno-burguesa, como Freixo, procuram aproximar-se da direita fazendo, como o PSol, a campanha reacionária e religiosa de comemoração da Páscoa, relembrando o dia santo e fazendo uma calhorda analogia à política por ele defendida: a aliança com os golpistas.
Vale lembrar, que a mesma “união nacional” pregada por partidos como o PSol e PSTU, com suas “centrais” é feita em conjunto com a burguesia e os aparatos de repressão, os mesmos que, na Páscoa de 2018, atacaram os tapetes feitos em homenagem a Marielle Franco em Ouro Preto, demonstrando que o único interesse que têm é massacrar a população, seja em dia de trabalho ou feriado santo.
Ultrapassando a páscoa, o objetivo era que a esquerda pequeno-burguesa e direita chegassem unidas durante e após o 1° de maio. Exemplo escrito foi dado pela tendência Resistência do PSol, formada por egressos do PSTU, que apresentou em matéria intitulada “1º de Maio: Qual o caráter do ato?”, assinada por Sirlene Maciel e Mauro Puerro, um grande malabarismo para defender a aliança com a direita. Nesse artigo, os “radicais” da Resistência (PSol) concordavam com a objeção à presença de “FHC, Doria, Witzel, Rodrigo Maia, Alcolumbre” no ato/Live do 1º de maio “unitário” das centrais. Entretanto, mostram-se favoráveis a uma frente com a direita, e, ao mesmo tempo, à realização de atividades e atos conjuntos com esses bandoleiros políticos, enfatizando que “isso não significa secundarizar a unidade de ação ampla contra Bolsonaro. É correto as centrais, partidos e outras entidades da população oprimida fazer com urgência ato com FHC, Maia, Alcolumbre, governadores e quem mais estiver a favor das liberdades democráticas. Mas que ocorra em momento separado do ato programático do 1º de Maio.” ( site esquerdaonline)
Apesar da divergência com as centrais pelegas, isso significa que, para os nossos zelosos esquerdistas, o compartilhamento de palanques com a direita golpista é plenamente possível, e até mesmo obrigatório, mas em outras datas, não “cabendo” ao ato programático do 1º de Maio. Estes e outros setores estavam até a discutir a retirada da palavra de ordem de “Fora Bolsonaro” da live, para não desagradar os possíveis aliados.
Diante da denúncia sobre a política cafajeste de ato com a burguesia feita pelo PCO, pela crise gerada por toda a repercussão no interior da CUT, romperam às pressas, deixando as alianças para depois.
Chegado o 1° de maio, fizeram um ato SEM público. Dessa vez, nem mesmo os fiéis da igreja quiseram comparecer para dar número à tentativa de fazer uma versão online do show-missa da praça da Sé (que realizaram em outras edições, aproveitando a saída dos fiéis da missa na Sé). Se é que aquilo pode ser chamado de ato. Com uma baixíssima audiência da internet, onde até o dia de ontem, domingo, 3/05/2020, havia 2.253 acessos ao vídeo do ato da Conlutas, ligada majoritariamente ao PSTU, e 1.250 no site da intersindical, ligada ao PSol, num total de 3.400 acessos. Não se compara às visualizações do ato público operário, com a presença de praticamente 200 companheiros, realizado pelo PCO em Embu das Artes. que, nos três vídeo colocados na internet, chegou, no mesmo dia e horário, a 10.941 visualizações, praticamente 3 vezes mais (sem contar as visualizações no facebook).
Esse resultado é a confirmação de que a política pequeno-burguesa ficou sem espaço diante do avanço do golpe e da crise. Tentam impulso até com os golpistas, mas só encontram mesmo o aumento de descrédito.
Ao contrário, a política de mobilizar o povo contra o golpe e contra o genocídio nas ruas tende a crescer. Esta é a única frente que a esquerda deve formar para derrotar o fascismo: a frente entre as organizações populares e operárias, independente da burguesia.

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