O jogador dos santos Marinho, inspirado por estrelas como Lewis Hamilton e Lebron James, se posicionou levantando a bandeira contra o racismo no esporte no Brasil depois de ter sofrido injurias raciais pelo jornalista Fabio Benedetti, da Rádio Energia 97 que acabou sendo demitido respectivamente depois desse fato.
“O mais importante é perceber que quando o Hamilton faz isso, quando o LeBron faz isso lá nos Estados Unidos, eles têm um respeito. No Brasil se você para fazer isso é muito ‘mimimi’ ‘Nutella’, isso e aquilo”, disse o atleta do Santos.
O “mimimi” citado por Marinho parte por grande parte da imprensa brasileira que durante anos e até hoje é comandada por grupos capitalistas, que alimentam não só o racismo, mas também o fascismo e que sempre fizeram questão de minimizar a luta e até mesmo silenciando os problemas enfrentados pelos negros.
A explosão de casos de racismo não só no brasil, mas como no mundo todo ocorrem em um momento que a ofensiva do neoliberalismo vem aumentando cada vez mais. Diante disso, estrelas dos esportes vem se posicionando e mostrando para o imperialismo que a luta contra o racismo não vai ficar apenas na teoria. Vale ressaltar que Marinho assim como tantos outros jogadores negros são oriundos da classe trabalhadora, que no Brasil, é majoritariamente composta por negros.
“Eu vou defender uma bandeira porque a gente passa por isso, tem gente que passa e não tem voz ativa, mas eu não ligo para o que vão falar de mim, o mais importante é saber o melhor para o próximo, pessoas que passam por isso diariamente, pessoas que no seu emprego não podem falar senão vão ser mandadas embora, isso que nos machuca, porque lá fora as pessoas falam e têm respeito, fornecem um abraço; aqui muita gente vem e critica ainda. Independente do que falem de mim , eu vou estar sempre brigando por aquilo que acho que é certo “, destacou.
A iniciativa de Marinho de levantar bandeiras e principalmente de posicionar é válida porem não é uma tarefa simples, pois confronta o capitalismo. A ofensiva contra o racismo vem em um momento em que países capitalistas como EUA e da Europa ditados por anos por imperialistas e mercadores de escravos vem sofrendo uma certa resistência quanto a exclusão de seu passado racista e participação de negros em sua história.
No Brasil a luta contra o racismo ainda tem uma certa timidez. Organizações privadas tentam liderar o movimento financiado pelo próprio imperialismo, de forma em que tentam excluir a importância do negro na história.
A luta contra o racismo só vai ter um fim quando o sistema capitalista acabar. O fim da opressão racial que os movimentos negros buscam só vai ser realizado quando a classe trabalhadora se unir e iniciar a derrubada de um sistema que até hoje só causou sofrimento a própria classe que o sustenta.