No dia 16 de junho, o professor e líder social Jorge Ortiz foi assassinado na estrada principal do município de Barranca de Lobas, em Bolívar (Colômbia). Homens armados atiraram sete vezes no professor.
Segundo a imprensa Resumen Latinoamericano, o líder recusou a proteção da Unidade Nacional de Proteção (UNP), retirando parte de sua segurança, sendo que seu caso era considerado de alto risco, como apontaram as organizações que defendem os direitos humanos.
Jorge Órtiz já havia recebido ameaças contra sua vida por denunciar atos de corrupção no município, o que o levou a ser bem recebido pela UNP. Porém, segundo Juan Meneses, líder social do departamento e membro da Corporação de Líderes Sociais e Vítimas da Colômbia, organização que o professor compunha, as medidas de proteção aplicadas a Jorge foram reduzidas recentemente,
Meneses denunciou também que Jorge alertou sobre várias situações ocorridas no sul de Bolívar, a primeira delas, em relação ao assassinato do líder mineiro Edwin Acosta, que também havia alertado sobre a reativação de grupos paramilitares na região, motivo pelo qual foi assassinado. Da mesma forma, ele apresentou queixas contra as ações do Exército no local, depois de atropelar um morador do município de Pueblito Mejía, sem que os oficiais uniformizados fossem responsáveis pelo que aconteceu.
“Ele era uma pessoa que luta por sua região, um professor, um pai que deixa uma esposa com filhos muito pequenos”, disse ainda o líder social, que acredita que nos próximos dias a família terá que deixar o município por razões de segurança.