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1 para cada 2 leitos no RJ

Leitos sem respiradores: política organizada para matar o povo

Baseado em uma resolução da Anvisa do ano de 2010, quando sequer pensava-se em pandemia, metade dos leitos de UTI dos hospitais de campanha do RJ devem ficar sem respiradores

Quando a pandemia do novo Coronavírus teve seu início na China, pouco se sabia da doença, aliás, até a data de hoje pouco sabemos claramente sobre seus efeitos nos seres humanos. Mas o que sempre ficou claro como um sintoma da doença foi a insuficiência respiratória, e conforme a pandemia foi se alastrando pelo planeta vimos como era necessário o uso de respiradores mecânicos para os pacientes que desenvolvem complicações e precisam ocupar leitos de UTI.

No Brasil, a pandemia demorou aproximadamente dois meses para chegar ao país depois do seu início no território chinês, já sabíamos os principais sintomas, o seu alto grau de contágio e até mesmo modelos matemáticos que projetavam quantas pessoas poderiam ficar em estado grave e precisarem de um leito, de um respirador. Em suma, o Brasil “teve tempo” de se preparar, preparar hospitais de campanha, comprar respiradores, insumos e equipamentos para os profissionais de saúde, isso se as políticas adotadas pelos governos fossem comprometidas com a vida dos trabalhadores. Porém, o que vemos é o descaso e o despreparo do Estado burguês e um verdadeiro genocídio de uma população majoritariamente pobre que está em curso.

Esta semana, a política de descaso com a vida dos trabalhadores ganhou mais um capítulo, onde metade dos leitos de UTI dos hospitais de campanha do estado do Rio de Janeiro devem ficar sem respiradores, o aparelho essencial para pacientes que desenvolvem complicações decorrentes da Covid-19. Para justificar tamanha incompetência e desleixo com a saúde dos trabalhadores, a Organização Social labas que administra os hospitais declarou que está seguindo uma resolução da Anvisa, do ano de 2010, em que prevê um respirador para cada dois leitos de UTI. Em nenhum momento foi pensado na importância dos respiradores, nem ao menos que se um paciente de Covid-19 chega a UTI o mesmo vai precisar de um respirador, ou seja, o trabalhador vai ter que contar com a sorte de “cair” em um leito com o aparelho, porque o planejamento dos hospitais foi pensado em uma resolução publicada em 2010, quando nem sequer pensávamos em uma pandemia de proporções como essa. Além disso, os trabalhadores cariocas enfrentam atraso na entrega de hospitais, como o de São Gonçalo e de Nova Iguaçú, previstos para serem entregues ainda esta semana, em um dos estados que mais registra mortes e infectados pela pandemia.

Os problemas quanto aos respiradores infelizmente não são exclusividade do Rio de Janeiro. No Amazonas, estado com mais mortes até o momento, o governo do estado comprou no mês de abril 28 respiradores inadequados para os pacientes de Covid-19 e ainda pagou 316% mais caro, detalhe, a compra foi feita em uma loja de vinhos. Fica claro que as políticas realizadas pelo governo burguês são de total despreparo e isso não acontece por acaso, a direita brasileira promove um verdadeiro genocídio dos trabalhadores porque não tem interesse em salvar a vida da classe operária. Além de permitir que os mesmos sejam expostos ao vírus em pleno pico da pandemia com a retomada das atividades, ainda administra mal e deixa desassistido o sistema de saúde que vem sendo sucateado há anos, e está à beira do colapso total. Ainda sobre a má administração com o dinheiro dos trabalhadores, ao invés da estatização total do sistema de saúde para enfrentar a pandemia, o governo ainda planeja jogar nas mãos dos administradores de hospitais e planos de saúde grandes quantias de dinheiro alugando leitos de UTI da rede privada.

A política burguesa e direitista é clara. Não é feito nem ao menos o mínimo para preservar a vida dos trabalhadores diante da pandemia. É necessária a mobilização popular e a exigência de mais respiradores, leitos e a estatização de todo o sistema de saúde. A vida do trabalhador não deve estar nas mãos daqueles que não tem outro interesse a não ser atender as demandas da sua classe, é preciso parar o genocídio da classe trabalhadora realizado pela burguesia e a direita nacional.

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