Os donos de frigoríficos estão vivendo o período da colonização, onde os senhores de engenho compravam escravos e os utilizavam como seus, marcavam-nos e os tratavam como burros de carga, o grupo JBS/Friboi é um dos que mais praticam tamanha atrocidade.
Em pleno século XXI, apesar de não colocarem um ferro quente nos trabalhadores, de fazerem um contrato, como se esses fossem livres para decidir sobre seu trabalho, isso não se verifica na prática.
Somente até a metade desse ano, somente nos frigoríficos já ocorreram mais de 125 mil acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, estamos falando da contaminação dos trabalhadores pelo COVID-19, isso em números oficiais. Fazendo uma comparação com anos anteriores, somente com os dados oficiais, pois a tragédia e ainda, muito maior, em 2018 ocorreram 576.951 acidentes de trabalho no país. Os frigoríficos, de março até julho, ou seja, em apenas quatro meses chegou a 22% do montante dos acidentes somente relacionados à pandemia, incluindo os demais acidentes e doenças o número pode ultrapassar os 40%.
O campeão em acidentes e doenças ocupacionais
O grupo JBS/Friboi é considerado o maior causador de acidentes e doenças ocupacionais do ramo dos frigoríficos, assim como as demais empresas do setor, sempre procurou ocultar esses fatos, as péssimas condições de trabalho é a rotina dentro das fábricas, não fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPI), eles não fornecem o Comunicado de Acidentes do Trabalho (CAT) e em segundo lugar. O cinismo é a tônica das direções que, mesmo com acidentes ocorrendo diariamente são capazes de color em quadros de avisos da comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), nunca mudam a numeração e estampam no quadro “Não houve acidentes com afastamento”, uma falácia.
Neste período de pandemia, o grupo JBS foi interditado por varias vezes em várias fábricas por todo o país, os números de trabalhadores contaminados eram de mais de 20% na maioria das fábricas, houve caso em que 60% do efetivo de trabalhadores testaram positivo, muitos morreram, no entanto, como sempre fazem, quanto aos casos onde os operários são mutilados e mortos, sempre escondem a sujeira por debaixo do tapete.
Além do cinismo, peculiar a esses escravagistas, os patrões do grupo JBS/Friboi procuram fazer demagogia, como vem fazendo com selos em seus produtos. Onde existe alguma fábrica ou repartição do JBS como forma de fazer calar os governantes, sejam eles governadores ou prefeitos, os agraciam, como vem fazendo e dando visibilidade com propagandas, a exemplo desses selos.
Para se ter ideia da situação dentro das fábricas do JBS, do Rio Grande do Sul até Rondônia, ou seja, de norte a sul do país, seus frigoríficos, se não foram registrados casos de contaminação pelo coronavírus, o que é praticamente impossível de acontecer, devido ao descaso, a falta de qualquer insumo, a inobservância do distanciamento, etc. foi e é uma exceção à regra.
É importante notar que, em um frigorifico do grupo, devia a ganância demasiada, os trabalhadores foram obrigados a utilizar uma única máscara durante uma semana de trabalho, não se importando se a máscara estava suja, rasgada e coisas mais que o valha.
Um exemplo entre várias, que deve ser relatado nesse artigo é o da fábrica da JBS de Passo Fundo, a empresa foi interditada por três vezes e continuou persistindo em não resolver a situação de escravidão e de tragédia em que a direção daquela fábrica coloca os trabalhadores e, o mais interessante de tudo isso, foi o governador Eduardo Leite, do golpista PSDB que, somente depois de sete dias, onde os trabalhadores estavam sendo contaminados aos montes foi que disse que havia “uma empresa em Passo fundo com uns casos”, ou seja, sabendo como os golpistas do PSDB, amigos dos capitalistas, banqueiros, etc., agem, não é nada mal receber um agrado.
O governo de Bolsonaro, bem como, seus pupilos, como a latifundiária, golpista e ministra da agricultura Tereza Cristina, que é totalmente conivente com as regras ditadas pelos escravagistas, donos dos frigoríficos. Tereza, inclusive disse que é um exagero o que dizem de contaminação pelo coronavírus desse setor industrial. Aliás, ela que foi beneficiada por uma dívida com os donos da JBS onde um latifundiário “amigo” fez questão de sanar sua pendência.
A política do grupo JBS/Friboi, bem como, para manter o lucro, como os R$ 3.38 bilhões do último trimestre, não se importam em fazer dos seus funcionários como escravos, de mutilá-los e mata-los devido à pandemia e às péssimas condições de trabalho, nem que seus feitores (gerentes, encarregados, etc..) venham usar o chicote, aos moldes do período colonial.