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Degradação do regime mostra

Há uma tendência da população se organizar. Formar Conselhos Populares

As diversas iniciativas populares, sobretudo nas favelas, de pressão sobre o Estado e ajuda mútua no que é imediato, aponta para a formação de Conselhos Populares

Com a pandemia do coronavírus, as contradições do regime capitalista se acentuaram e o povo se viu não mais apenas super explorado pelo regime, mas ameaçado de um genocídio, seja pela doença, seja pela fome. Em meio a completa omissão dos governos e a necessidade de sobrevivência, a população se organiza para exigir dos governos o que lhe é de direito e executar o que o poder público é ineficiente ou incapaz.

Os governos, como se tem visto, nada fizeram além de abrir os cofres públicos para os bancos (mais de R$ 1,2 trilhão) e fazer demagogia com a população sobre um “auxílio” de 600,00, que nem atinge todos os necessitados, nem é suficiente para sobreviver em tempos normais, quem dirá neste momento da tal da “quarentena”.

A completa omissão do poder público e o aumento veloz do número de casos de coronavírus nas favelas, onde a aglomeração é altíssima e a quarentena impossível, impõe à população a mobilização.

E foi desta necessidade que surgiram no último período diversas iniciativas, com menor ou maior nível de organização. Da reivindicação da distribuição gratuita de água, sabão, álcool 70% em gel e água sanitária em quantidade suficiente para cada morador das favelas brasileiras. Passando pela organização em mutirões para a distribuição de alimentos; o aluguel de pousadas ou hotéis para idosos (grupo de risco); Transportes de passageiros (vans e ônibus) para pessoas infectadas para centros de saúde; instituição do Programa de Renda mínima para as famílias já inscritas no Cadastro Único e adicional de renda para os cadastrados no Bolsa Família. Aumento do apoio financeiro para famílias já inseridas no programa de tarifas sociais; decreto apoiando economicamente pequenos comerciantes; liberação de pontos de internet para a população poder se informar além do monopólio da comunicação; financiamento para redes de comunicação próprias de cada favela: rádios comunitárias, sites, jornais impressos ou virtuais, TVs; apoio financeiro específico para as famílias das crianças que estarão impedidas de frequentar as creches; apoio financeiro específico para famílias com pessoas portadoras de deficiência; ampliação das equipes de saúde da família para prevenir e informar as favelas;

Estas medidas são algumas das reivindicadas da Central Única das Favelas (CUFA), e há várias outras iniciativas neste sentido. Por exemplo, no caso da Associação de Moradores de Paraisópolis, o nível de organização se desenvolveu para a contratação de uma equipe com médicos, enfermeiros e quatro ambulâncias, uma delas com UTI móvel, que desde de março realiza atendimento 24 horas no local. Mais de 120 atendimentos a moradores com suspeita de coronavírus, isso tudo com recursos de doações.

Os próprios moradores montaram uma estrutura de monitoramento coordenada para atendimento de emergência. Um dos líderes da associação, Ribeiro, em entrevista à Folha de São Paulo, explica que a cada 50 casas há um presidente de rua voluntário, que fica responsável por acompanhar a situação das famílias, por garantir que elas permaneçam em casa e que recebam doações de cestas básicas, kit de higiene. E que a comunicação é feita em geral por WhatsApp para evitar aglomerações.

Ele continua que no total, em torno 1.200 pessoas estão trabalhando na operação e afirma que há outras iniciativas, como diariamente a distribuição de marmitas, que tem o objetivo de fortalecer a imunidade dos moradores, um projeto de teletrabalho de costureiras, para a fabricação de máscaras e uma ação de adotar uma diarista, segundo ele, a categoria mais atingida pela crise na comunidade. Com esta mobilização cerca de 150 pessoas receberão R$ 300 por três meses, mais cesta básica e kit de higiene. Mais 800 pessoas ainda estão à espera do auxílio.

Estas iniciativas apontam precisamente na política de formação dos Conselhos Populares de Saúde, que neste sentido, nasce com o propósito de mobilizar os trabalhadores para reivindicar junto ao poder público os direitos da população, que os governos não cumprirão a não ser através de uma pressão que os obrigue a fazê-lo. E por outro lado, todos os problemas que possam ser resolvidos pela população, resolver imediatamente (alimentação, remédios, corte de água, corte de luz, despejos, etc).

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