A partida disputada em Votorantim (SP) entre Sorocaba e Corinthians pelo segundo jogo da final da Liga Nacional de Futsal (LNF) foi marcada por um episódio de repressão policial contra os atletas do Parque São Jorge.
O Sorocaba vencia o jogo por 1 a 0 quando a arbitragem marcou um pênalti contra o Corinthians num lance dentro da área envolvendo o fixo sorocabano Rodrigo e o ala corintiano Batalha.
O Sorocaba converteu a penalidade máxima e abriu dois gols de vantagem sobre os corintianos que naquele momento viam a taça ficar cada vez mais distante. O time sorocabano ainda marcaria mais um gol no restante na partida e faria 3 a 0, placar clássico, conquistando pela segunda vez e de forma invicta a LNF.
No placar agregado o jogo ficou 4 a 1 para o Sorocaba do técnico Ricardinho já que na partida de ida havia empatado fora de casa em 1 a 1 diante do Corinthians em São Paulo.
Com menos de uma década de existência o Sorocaba já acumula títulos nacionais, continentais e 3 campeonatos mundiais no currículo. A vitória teve clima de revanche uma vez que em 2016 as duas equipes haviam disputado a final da competição, que na oportunidade teve o Timão como vencedor.
Ao término da partida os atletas corintianos foram contestar a arbitragem a respeito da marcação do pênalti e um pequeno tumulto teve inicio com a equipe de segurança privada Rorato, contratada pelo time sorocabano, que tentava evitar a aproximação dos jogadores com os árbitros.
Os seguranças estavam obtendo êxito em conter a situação até que um policial da Guarda Municipal de Votorantim resolveu disparar um spray de pimenta contra os atletas do Corinthians. Um dos jatos do produto químico atingiu diretamente o rosto do ala Jackson Samurai que passou mal e teve que ser socorrido pelos seus companheiros de time e pela equipe médica corinthiana.
Os jogos do Sorocaba nesta LNF foram disputados no ginásio Professor João Carlos de Camargo na cidade de Votorantim porque a casa do time do interior paulista, a Arena Sorocaba foi cedida pelo clube para ser utilizada como hospital de campanha para atender os pacientes da cidade infectados pelo Covid-19, doença que inclusive tirou do jogo um de seus principais jogadores, o ala Leozinho.
A situação deixou claro que a polícia está tão programada para reprimir com violência mesmo em situações contornáveis que não foi sequer capaz de perdoar os jogadores profissionais do Corinthians que haviam acabado de perder um título nacional.
A GCM nada mais é do que mais um aparato oficial do Estado para a repressão da população; quando colocada em situações que pedem razoabilidade estes órgãos não agem de forma civilizada, apelam imediatamente para a repressão pois foram treinados para agir única e exclusivamente dessa forma.