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Falta médicos

Fechamento de hospitais em Belém mostra tendência nacional

Crescem os relatos de unidades de saúde sem atendimento em Belém por falta de profissionais de saúde, 430 médicos foram afastados por estarem doentes.

Crescem os relatos de unidades de saúde sem atendimento em Belém por falta de profissionais de saúde. A situação mais emblemática é a do hospital 14 de março que está há duas semanas sem receber novos pacientes. A unidade é um local de referência do SUS no estado do Pará e recebe pacientes de várias cidades do interior. Segundo a informação dos trabalhadores do hospital ,  os pacientes são recusados por não haver médico na unidade.

A precariedade do SUS pelos anos de abandono e sucateamento ficou escancarada com a epidemia do Corona vírus. O que já era vivenciado pela população com a dificuldade de conseguir atendimento foi exponencialmente agravado diante da quantidade de pessoas doentes pelo COVID-19.  A grande diferença é que agora trata-se mais do que nunca de uma questão determinante entre viver ou morrer. A doença se agrava em questão de horas e a falta de atendimento e internação muitas vezes equivale a uma sentença de morte.

A falta de médicos decorre do afastamento de muitos deles por também estarem doentes ou contaminados pelo corona vírus. A secretaria Municipal de Saúde (SESMA), informou que recebeu 430 pedidos de afastamento por causa da doença. As denúncias são de que 6 unidades de saúde estejam paradas por falta de profissionais.

Os protestos dos trabalhadores da área se multiplicam à medida  que a situação se agrava, pois o adoecimento e morte de médicos, enfermeiros e agentes de saúde cresce a cada dia em decorrência do descaso e falta de recursos para as unidades. A falta de equipamento de proteção em número suficiente e de qualidade que evite a contaminação dos profissionais é uma das queixas constantes destes trabalhadores. O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) divulgou esta semana que  42% dos contaminados de Covid-19 na cidade de Belém são profissionais da saúde. A redução do desde sempre escasso número de profissionais, levou também ao pedido de demissão de diversos médicos por temerem se contaminar devido às precárias condições de trabalho.

No interior a situação é mais calamitosa pois muitos municípios só contavam com os médicos cubanos. Com a extinção do programa mais médicos pelo governo fascista de Bolsonaro, essas comunidades ficaram totalmente desassistidas. Os médicos brasileiros, que em sua maioria eram contra o programa , não querem se arriscar a trabalhar em condições precárias no interior e muito menos tem o preparo para lidar com a saúde coletiva.

O que se vê no Pará é um retrato do que acontece em todo o país e que tende a aumentar, uma vez que nenhuma medida é tomada para evitar o alastramento da doença entre os profissionais de saúde e a população em geral. A política do #Ficaemcasa se mostra uma grande enganação uma vez que os trabalhadores da saúde e a grande maioria dos demais que não podem fazer quarentena,  estão expostos à doença em seu próprio ambiente de trabalho. A população precisa se organizar para enfrentar este massacre que toma forma. Se podemos trabalhar, podemos protestar.

 

 

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