No último domingo (31), o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, sobrevoou o ato bolsonarista, pró-ditadura, ao lado do presidente fascista Jair Bolsonaro.
O fato chamou a atenção e destruiu o discurso da imprensa burguesa que tem se oposto a Bolsonaro na aparência e feito apelos ao bom senso dos militares. Isso porque o general e ministro, Azevedo e Silva, é chefe das Forças Armadas, ou seja, detém controle direto dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Isso mostra que as forças armadas – diferente do que apregoam os direitistas que fazem juras de amor ao regime “democrático burguês” brasileiro e apelas para que as instituições combatam Bolsonaro – estão fechadas com Bolsonaro, dando todo o suporte que o governo, cada vez mais desgastado, precisa para não ser derrubado.
Esse caráter golpista dos militares, precisa ser denunciado a todo o momento. Afinal, sem eles, Dilma não teria sido derrubada por um processo fraudulento de impeachment, como Temer não teria sobrevivido ao seu mandato golpista interino. Mais ainda, Bolsonaro nunca teria sido eleito, bem como Lula não teria sido condenado, preso e cassado.
Logo, nos últimos anos no país, os militares tutelam de perto o regime, como sempre fazem, do golpe para cá de forma cada vez menos escancarada.
Prova disso é que o governo Bolsonaro tem mais ministros militares que qualquer governo anterior. Considerando os governos dos generais da ditadura, além do presidente e do vice, nove dos 22 ministros de Bolsonaro são das Forças, incluindo o general da ativa Eduardo Pazuello, que ocupa interinamente o Ministério da Saúde.
São mais de 2.800 militares com gratificações e cargos de confiança – um recorde histórico. Por isso, é preciso denunciar que a Abin sempre esteve e está, mais do que nunca, a serviço do Bolsonarismo.