Desde o episódio envolvendo o assassinato de George Floyd de forma covarde por um policial em Minneapolis no mês de maio, os protestos nos Estados Unidos contra as forças de repressão do Estado tomaram as ruas e estão cada vez mais radicalizados pela população estadunidense. Após dois meses de protestos em várias cidades do país, que já levaram milhões às ruas em plena pandemia, os atos ganharam mais um “fôlego” novamente, após as medidas tomadas pelo presidente Donald Trump como forma de conter a revoltar populacional, enviando agentes federais para prender e conter os manifestantes.
Após o envio de agentes federais para Portland, no estado de Oregon, voltaram a crescer as manifestações em massa tanto no estado como em outras regiões como forma de solidariedade ao que vem acontecendo contra os manifestantes, como em Seattle e Los Angeles. Mesmo com a forte repressão, a tendência de radicalização da população é evidente, enfrentando até mesmo as forças ainda mais repressivas do Estado, enviadas por Donald Trump, onde são muitos os relatos de que a população está entrando em confronto com policiais e agentes na forma de evitar prisões e também de reagir às repressões colocadas para cima dos manifestantes, cidades estas onde já foi deixada claro a reprovação da população sobre a presença de tais agentes.
Em Los Angeles, manifestantes entraram em conflito com policiais, e houve prisões em cidades menores como Omaha e Richmond, mostrando o grande conflito de classes que ocorre no país em que a classe trabalhadora decidiu enfrentar o aparelho repressivo do Estado que representa as forças e a classe burguesa. O caso dos Estados Unidos mostra que independente do país em que ocorre dentro do capitalismo a repressão ocorre de todas as formas pela burguesia a fim de evitar a revolta da classe trabalhadora, em aparelhos travestidos de “agentes de segurança da população”, como a polícia e as forças militares, utilizadas para defender única e exclusivamente os interesses da burguesia e reprimir a classe operária.
Os protestos nos Estados Unidos mostram a tendência da radicalização e de mobilização da classe operária no mundo todo, afinal os protestos não se restringiram ao país e atingiram várias regiões no mundo. A crise econômica, a ineficiência dos governos em conter e dar o suporte necessário às populações na pandemia e as repressões cada vez mais intensificadas pelos aparelhos repressivos criam as condições para que a população parta para a maior mobilização e comece a enfrentar os seus problemas de classe de forma mais combativa e se radicalizando contra os seus inimigos de classe, na tentativa de conter o genocídio dos trabalhadores que pagam com suas vidas pelas crises burguesas.