O governo nazista de Donald Trump emitiu uma ordem de confisco da carga de quatro petroleiros que transportam gasolina do Irã para a Venezuela. A justificativa da arbitrariedade foi que haveriam laços com uma “organização terrorista estrangeira”, como anunciou nesta quinta-feira o Departamento de Justiça em Washington.
A medida ocorre na escalada da pressão norte-americana contra Teerã e Caracas, aliadas entre si e inimigas declaradas do imperialismo. O ataque foi apresentado à corte federal para o Distrito de Columbia, e afeta os navios Bella, Bering, Pandi e Luna, que se dirigem à Venezuela.
Os fiscais alegam que a carga envolve afiliados aos Guardiões da Revolução do Irã, exército encarregado de defender os valores ideológicos da república islâmica e que consta na lista negra americana de “organizações terroristas estrangeiras”. Citando uma “fonte confidencial”, a ação judicial aponta que Mahmoud Madanipur, ligado aos Guardiões da Revolução, organizou as remessas de gasolina à Venezuela, usando companhias offshore e transferências embarcação a embarcação, para driblar as sanções americanas contra o Irã.
“Os ganhos com a venda de petróleo respaldam toda a gama de atividades nefastas dos Guardiões da Revolução, como a proliferação de armas de destruição em massa e suas formas de distribuição, o apoio ao terrorismo e vários abusos contra os direitos humanos, no país e no exterior“, diz o comunicado do Departamento de Justiça.
Tal comunicado é ridículo, considerando todo o histórico que os Estados Unidos possuem em construção de armamento bélico, atitudes terroristas e desrespeitos aos direitos humanos dos mais variados contra os países oprimidos de todos os continentes. Um verdadeiro escárnio.
A ordem de apreensão, emitida pelo juiz federal James Boasberg, dispõe que toda a gasolina iraniana seja levada sob jurisdição exclusiva da corte federal para o Distrito de Columbia. Mas não informa como o governo americano prevê confiscar a carga.
Desde a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, em maio de 2018, o governo do fascista Donald Trump voltou a impor duras sanções contra a república islâmica. Caracas, aliada de Teerã, também é alvo de uma bateria de medidas punitivas de Washington, que persegue o governo bolivariano de Nicolás Maduro.
Entre maio e junho, cinco navios transportando 1,5 milhão de barris de gasolina e insumos do Irã chegaram à Venezuela, outrora potência petroleira, cuja produção desabou, obrigando o país a importar combustível nos últimos anos. O Irã prometeu continuar fazendo remessas à Venezuela.
É preciso denunciar que esta é uma postura criminosa dos EUA, em vários aspectos, como o de passar por cima da soberania de outros países. Mas acima de tudo, é preciso ressaltar que o fundo do problema é a questão do próprio petróleo. É sobre o monopólio do combustível, e em última medida, o controle do próprio mercado petrolífero. Não é algo novo, mas é uma ofensiva diante das crises econômicas e sanitárias, que empurra o imperialismo mundial para medidas de força para o controle do regime a nível mundial.