Nesse mês de maio se iniciou uma nova escalada da repressão, por meio do governo ilegítimo de Bolsonaro. O envio do exército sob o pretexto de evitar aglomerações no Paraná e a GLO sob o pretexto de combater os incêndios na Amazônia, duas operações militares para reprimir a população e espalhar as guardas armadas do exército para todo país.
Na verdade, o envio das tropas à capital curitibana é um claro movimento de conter a convulsão social que já está aparecendo. A explosão é iminente com a crise do coronavírus, principalmente seus efeitos.
Como, por exemplo, é a capital do estado de Amazonas, a cidade de Manaus, a primeira cidade a explodir com a crise, com rebeliões constantes nas prisões, saques e tumultos generalizados nos hospitais. O caos social se instaurou no centro urbano do estado, e é por isso mesmo que o exército está lá. Não tem nada a ver com o desmatamento, como procura apresentar o governo, que curiosamente é conhecido pelo governo dos desmatamentos.
No caso de Curitiba também o pretexto é totalmente inconsistente, de nada a presença do exército vai evitar a aglomeração do lugar mais aglomerado da capital: seus terminais de ônibus, de bairros operários e periferias apenas, e nas intermináveis filas da fome, as da Caixa com pessoas que querem receber seus auxílios emergenciais.
Não é preciso nem pensar duas vezes para perceber que o exército de nada pode ajudar nisso. O que ajudaria é, por exemplo, garantir o salário dos trabalhadores, os auxílios a todos os desempregados e garantir um verdadeiro isolamento social. O exército está na capital paranaense pelo mesmo motivo que ele está no Amazonas: conter a rebelião popular.
A convulsão social é inevitável, visto que o próprio Bolsonaro já confessou que não é caridade por parte dele, mas uma forma de conter uma rebelião e um caos generalizado. E também as várias tantas declarações de Guedes e sua equipe econômica nesse sentido. A escalada mostra que terão que usar de forte repressão, para que essa revolta do povo não passe por cima de seu governo e todo bloco golpista.