A Enel, empresa de energia elétrica de Goiás, foi obrigada pela justiça a pagar R$ 10 mil a um eletricista por ter bloqueado a matrícula do mesmo, de forma totalmente arbitrária, o que acarretou na não contratação do trabalhador por nenhuma outra empresa. O trabalhador trabalhava para uma terceirizada da Enel, quando um acidente acabou levando a morte de um de seus companheiros de trabalho. A Enel, então, decidiu encerrar contrato com a terceirizada e bloquear a matrícula dos trabalhadores.
O bloqueio da matrícula tem o mesmo efeito que a inserção do nome de uma pessoa em uma lista “suja”, de inadinplentes. Após ser demitido, o eletricista buscou trabalho em outras empresas, porémnão foi contratado em nenhuma devido ao bloqueio de sua matricula.
O eletricista afirmou ainda que no momento do acidente que vitimou seu companheiro já havia encerrado suas atividades de trabalho, estava em casa.
Neste caso em específico a justiça acabou dando ganho de causa ao trabalhador, obrigando a empresa a pagar a indenização e o imediato desbloqueio da matrícula do trabalhador.
Todavia, com a reforma trabalhista, a qual elimina todas as proteções dos trabalhadores perante os patrões, o fim da justiça do trabalho, a terceirização, tais práticas ditatoriais por parte das empresas, dos empresários, serão cada vez mais comuns. Vale lembrar que os trabalhadores já são, em sua rotina, cotidianamente explorados, com baixos salários e péssimas condições de trabalho, após o golpe de estado, essa situação piorará a cada dia.
É preciso mobilizar a classe operária contra a política de conjunto dos golpistas e o próprio governo de plantão. Levantar a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas!