Essa semana o sistema carcerário foi exposto de fato como um campo de concentração durante a crise. No estado de São Paulo, cerca de quatro presos morreram após serem infectados com coronavírus. Um levantamento mostra que mais de 900 pessoas tiveram contato próximo, sem nenhuma condição de higiene adequada, entre desde de presos amontoados a funcionários dos presídios, com os infectados que morreram em decorrência da vírus.
Essa política de manter as pessoas durante a crise de saúde pública nas condições que conhecemos dos presídios, não é nada mais que nazista. As condições de saúde nos presídios brasileiros já são conhecidas como mais que desumanas,
Os presos são amontoados, sem nenhuma condição de higiene, e as doenças comuns já se espalham como o próprio ar. Doenças como simples gripes, já são epidemias dentro dessas masmorras. Doenças que precisam de materiais preventivos, como HIV e Hepatite B ou C, são de alto contágio. Não há um abastecimento de água adequado, a comida dos refeitórios é apodrecida, as pessoas dormem no chão nos dias mais frios, as celas que suportam 15 pessoas normalmente agrupam mais de 80. O ambiente não difere em nada de um campo de concentração nos moldes de Hitler.
É preciso barrar esse genocídio em massa dos presídios, exigir condições mínimas de habitação, desmantelar essa ambiente infernal, acabar com a superlotação. Agora com a crise é emergente que se faça isso imediatamente, senão a hecatombe nos presídios será inevitável. Manter os presos nessas circunstâncias não passa de um método fascista que precisa ser combatido com todos os esforços necessários.
É imprescindível que se teste todos os presos, isolando em hospitais os doentes. E, o mais importante, conceder liberdade a todos os presos não perigosos. Como por exemplo, como tráfico de droga, somando cerca de 80% da população carcerária. Do contrário, será uma carnificina.