Os índios em todo o Brasil continuam, como de resto, toda a população pobre brasileira, largados a própria sorte.
No frigorífico da JBS em Dourados, MS, onde trabalham cerca de 30 indígenas que moram nas reservas próximas, alguns já testaram positivos para o Coronavírus, e com isso a transmissão da doença em suas aldeias se tornou algo inevitável quando voltaram do trabalho. Nenhum trabalho de prevenção ou de conscientização foi feito junto aos povos indígenas.
A JBS, prefeitura de Dourados, governo do estado e governo federal simplesmente não fizeram nada para evitar a propagação da doença, nem em relação aos indígenas e nem em relação a população de modo geral, o sistema produtivo e comercial não parou na cidade.
O MPT, o MPF entraram com ações contra a JBS e os orgãos públicos, mas essas ações judiciais com pedido de liminar esbarram em um judiciário, que sabemos, dominados por direitistas, quando não, apoiadores declarados do presidente fascista Bolsonaro.
A atenção a saúde indigêna precisa ser encarada com atenção especial, pois diferentemente da população não índia, essa tem fatores de risco aumentados devido a seu sistema imunológico, que já não é bem preparado a doenças conhecidas, quanto menos então de doenças não conhecidas.
E outro agravante no caso dos índios é que eles vivem em unidades familiares bem maiores, além de que seus hábitos culturais favorecem a disseminação da doença, pois fazem quase tudo de forma coletiva.
Além de tudo é importante destacar que os capitalistas e seus representantes dentro dos governos simplesmente não irão fazem nada, a não ser que haja mobilização dessas populações em conjunto com a mobilização das outras parcelas da população intencionalmente deixadas de lado.
A situação do índio, negros, mulheres, trabalhadores só ira ter solução quando esses derrubarem o governo Bolsonaro, e para isso o primeiro passo é a organização de todos os povos oprimidos para de imediato exigir o atendimento das reinvidicações das demandas de saúde e alimento.