Da redação – A burguesia não erra quando define que um sistema de saúde público e de qualidade é uma ameaça para sua ditadura. Quanto mais oprimido é o povo, mais fácil é a manutenção do seu poder. Quanto mais débil e doente é o povo, mais difícil é sua própria organização para a tomada do poder. Assim, todas as políticas de caráter burguês não têm como objetivo a saúde da população, apenas o suficiente para que ela seja explorada continuamente. O único resultado possível dessas políticas autoritárias é a atual crise sanitária, a qual foi construída no Brasil, principalmente depois do Golpe de 2016.
Hoje, com o coronavírus, a política criminosa da direita quer provocar um genocídio da população brasileira. Em São Paulo se registrou, entre os dias 23 de fevereiro e 11 de abril, 1.207 mortes confirmadas ou suspeitas de coronavírus, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. De acordo com sua análise, a maioria dos óbitos confirmados ou suspeitos de coronavírus se concentra na periferia da cidade.
De acordo com o mapa, na Zona Leste são 499 óbitos e na Zona Norte, 289, enquanto na Zona Sul foram 253, na Zona Oeste 91 e no Centro 61 mortes. Os destaque são nas periferias: Brasilândia (33), na Zona Norte, e Sapopemba (28) e Itaquera (27), na Zona Leste.
É importante ressaltar que a incessante manipulação, omissão e ocultamento dos dados dificultam sua análise precisa. Ainda, com os ataques recorrentes à pesquisa e à ciência, eles demoram para ser concluídos. Doria, governador de SP famoso por jogar jatos de água em moradores de rua mente em outra qualidade sobre a sua suposta preocupação com a ciência e com os mortos, juntamente com todos os golpistas que exalam estar dando seu máximo para a contenção da crise, enquanto dão todo dinheiro do povo para os bancos e as empresas.
No Rio de Janeiro, já são duas as unidades de saúde que não apresentam disponibilidade de leitos para tratamento, e as taxas gerais de enfermarias ocupadas são de 61,9%, enquanto que nas UTIs, chega a 72,3%. Não é preciso a previsão de pesquisadores de Harvard para compreender que o atual sistema não sustentará os casos e entrará em colapso, o que eles já afirmam, além disso ressaltando que será antes das entregas dos hospitais de campanha. Witzel, uma figura exemplar dessa cambada oportunista e criminosa, não pretende fazer nada a respeito. Seu único objetivo, igual a todos os governos da direita, é organizar essa matança, para que não saiam como os verdadeiros culpados e consigam se manter no poder. Por fim, pretendem deixar os hospitais públicos sem leito, e a população dizimada, o que é necessário para sobreviverem à crise financeira.
Sem uma campanha de denúncias sistematizada, e uma grande organização popular para combater o governo burguês, não será possível evitar uma enorme onda de assassinatos da população. A esquerda, infectada com a política da pequeno burguesia, ao invés de ficar a reboque da direita, paralisada e conivente com suas ações, precisa agitar e dirigir o povo para a sua autodefesa, em torno do Fora Bolsonaro e Todos os Golpistas, para a construção de um novo regime, que preze pela vida.
