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Imprensa burguesa

CNN, um refúgio para os racistas

A CNN Brasil contratou vários jornalistas demitidos de emissoras por questões de racismo. Em festa de lançamento nada menos que a direita fascista brasileira esteve presente..

No mês de Junho do ano passado a CNN anunciou Willian Waack, ex-jornalista da Globo como âncora do telejornal diário no horário nobre da emissora no Brasil. O jornalista foi afastado da TV Globo em 2017 após protagonizar uma cena de racismo. Em dezembro do mesmo ano ele foi desligado da empresa. No dia 9 de março de 2020, quatro jornalistas da Record foram demitidos após vazamento de diálogos de WhatsApp de cunho racista, três deles voltaram as telas e agora são os novos contratados da CNN Brasil.

No dia 8 de novembro de 2016 o âncora do Jornal da Globo estava em Washington, nos Estados Unidos, cobrindo o pleito que elegeu Donald Trump à Presidência do país. Quando um carro passou buzinando na frente do estúdio panorâmico da Globo, exatamente um ano depois, um vazamento da reação de Waack no momento caiu nas redes sociais.“Tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar, porque eu sei quem é… é preto. É coisa de preto!“, ele diz.

Um grupo de WhatsApp chamado “Resistência” participavam as repórteres Rachel Vargas e Gabrielle Varella que agora apareceram em reportagens na tela da CNN. Segundo o blog Mundo Negro que divulgou o conteúdo racista do grupo, em um dos textos uma das participantes do grupo chega a comparar os lábios da vítima com ânus e outra chama uma colega negra de “Patolino” o pato preto da animação Looney Tunes. O ex-diretor de jornalismo da Record João Beltrão que agora assume a direção do “Expresso CNN” foi demitido por não tomar medidas em relação ao tal grupo.

A CNN é comandada pelo jornalista Douglas Tavolaro, que era vice-presidente de jornalismo da Record TV e é co-autor da biografia do bispo Edir Macedo, este que é seu tio. O sócio investidor é Rubens Menin fundador do Banco Inter, e é dono de uma fortuna estimada em US$ 1,7 bilhão, segundo a revista Forbes. Em estréia no Brasil 15 de março a emissora entrevistou Bolsonaro, com isso mostra bem à que veio e o que irá representar.

Em uma denuncia realizada pelo coletivo de noticias Vaidapé em 2017, analisou no Brasil 7 emissoras e 204 programas que foram transmitidos entre o segundo semestre de 2016 e primeiro de 2017. Dos 272 apresentadores que compõe a grade de programação apenas 10 são negros o que representa 3,7%. Na emissora do Silvio Santos constava apenas uma apresentadora negra e foi demitida no inicio de 2017. Além disso 80% dos negros estavam em programas de cultura e de entretenimento, e 20% protagonizavam em programação de caráter religioso.

As empresas de comunicação burguesas usam como desculpa para a falta de protagonismo em suas redações e programas de televisão que se formam poucos negros em universidades de jornalismo. Mas o que se percebe é uma clara tentativa de calar a voz desse setor marginalizado da sociedade. No entanto ultimamente vem crescendo os programas alternativos e independentes ligados aos movimentos de luta do povo preto e das favelas do país através da internet.

Apesar de fazer muita demagogia em relação aos negros no Brasil é claro que imprensa burguesa, seja ela nacional ou internacional, é racista e não ta nem aí para o povo negro, e qualquer iniciativa elogiosa dos meios de comunicação golpista a luta do povo preto é uma farsa. No caso das contratações da CNN parece ser até proposital. É preciso construir uma imprensa independente, uma imprensa do povo negro, que atue com os movimentos de luta dos negros e dos trabalhadores brasileiros.

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