Sendo um dos nomes mais conhecidos e mais destacados na Música Popular Brasileira, a MPB, nascido em 19 de junho de 1944, na cidade do Rio de Janeiro, Francisco Buarque de Holanda, mais conhecido como Chico Buarque está comemorando 76 anos de idade. O quarto filho dentre os sete do historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda e da pianista amadora Maria Amélia Cesário Alvim. O músico e sua família, mudam-se para a Itália em 1953, quando seu pai é é convidado para dar aulas na Universidade de Roma, onde Chico compõe suas primeiras “marchinhas de carnaval”
Em 1961, publica para o jornal Verbâmidas, nome dado por ele no colégio Santa Cruz, suas primeiras crônicas. Neste mesmo ano foi preso junto com um amigo por furtar um carro e acabou saindo na manchete do jornal Última Hora de São Paulo. Por conta da repressão e perseguição imposta pela Ditadura Militar no Brasil, em 1969, se auto exilou na Itália por ser um dos artistas que criticava a política da época. Retornando no ano seguinte, sua canção “Apesar de Você”, é censurada, pois o “você” na música se referia ao General Emílio Garrastazu Médici, o presidente da época que cometeu as maiores atrocidades no Brasil contra as pessoas que lutavam contra a ditadura burguesa.
Na mesma década participa do Conselho do Cebrade (Centro Brasil Democrático) onde seus integrantes, como o arquiteto Oscar Niemeyer, estavam comprometidos com a luta contra o regime sanguinário e capitalista no país naqueles anos. Nos anos 80, fecha contrato com a gravadora Ariola, após ter trabalhado doze anos com a Polygram. Chico Buarque também desenvolveu uma carreira literária, sendo autor de peças teatrais e romances, lançando em 1992 o livro “Estorvo”, ganhando o “Prêmio Jabuti de Literatura” e nos anos 2000 o livro ganha uma versão cinematográfica, uma co-produção de Brasil-Cuba-Portugal
Em maio do ano passado, o artista foi anunciado como vencedor do prêmio Prêmio Camões, onde o atual presidente Bolsonaro, que está nesta posição devido ao golpe de 2016, não assinou o diploma interessado a Chico Buarque, que acabou comentando que: “A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões”. Mostrando então seu posicionamento em relação ao golpe e ao cargo do fascista.
Hoje por volta de oitenta álbuns compõem sua discografia que desde o golpe militar de 1964 até a posse de Jair Bolsonaro nos dias de hoje, o músico mostra em suas obras sua opinião política, embora que pequeno-burguesa, defendendo a esquerda e suas idéias. Produzindo obras de qualidades sensacionais e com teor político voltado para os movimentos socialistas.