No último dia 03 (sexta-feira) a Petrobras divulgou em seu site caderno publicitário indicando a venda de 100% das ações da Petrobrás Biocombustíveis S/A. Fundada em 2008, a empresa é uma das principais do grupo e atua na produção e comercialização de biodiesel e etanol.
Nesse novo esquartejamento, três usinas de biodiesel serão integralmente entregues aos abutres da iniciativa privada, para que usufruam de forma estúpida até que deixe de valer a pena. Com isso, os estados de Minas Gerais, Bahia e Ceará perdem uma usina cada.
O próprio teaser da venda elenca uma série da razões que mostram a importância da subsidiária da Petrobras para o desenvolvimento local e nacional. Sozinha, a empresa responde por 5,5% da produção nacional de biodiesel. Com capacidade para manipular óleo de soja, de algodão e de palma, além de gordura animal e óleos residuais, fica evidente a importância da planta para a matriz energética nacional no caso de um “apagão do petróleo”.
Há algum tempo, as riquezas nacionais vêm sendo atacadas em várias frentes. Collor, FHC, Temer e Bolsonaro agem sob a batuta do imperialismo contra os interesses nacionais. O produto dessa política entreguista é a desindustrialização nacional e o aumento da miséria. Milhares de empregos diretos e indiretos desapareceram em poucos anos. Foi para facilitar essa violência que o golpe de 2016 foi arquitetado. Da mesma forma, foi para conter a revolta popular que a fraude eleitoral conduziu à presidência do país um fascista.
A reação a esse assalto de forma individual e fracionada não é viável e nem bastaria. É preciso levar a defesa da segurança energética nacional e da manutenção das indústrias para as ruas, juntamente com o Fora Bolsonaro. Afinal, só a expulsão do Bolsonaro e sua quadrilha daria o recado de que o Brasil não está à venda. É preciso castrar o neoliberalismo ferino antes que ele destrua o País.