A “primeira-dama” do Estado de São Paulo, Bia Dória, casada com o governador fascista João Dória, protagonizou mais um episódio do asco que tem de pessoas moradoras de ruas ao chamá-las de “preguiçosas”, demonstrando como é a mentalidade da classe burguesa para com os desfavorecidos.
O fato ocorreu em uma reunião online do programa de voluntariado da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. No caso ela detalhava as ações da Campanha do Inverno Solidário numa reunião de voluntariado da Sabesp.
Em nota, a assessoria de Bia se justificou:
“A frase de Bia Dória foi tirada de contexto. Em uma reunião virtual de mais de uma hora de duração do programa de voluntariado da Sabesp, a presidente do Fundo Social detalhou todas as ações da Campanha do Inverno Solidário liderada por ela, que este ano bateu recorde de doações distribuindo 154 mil cobertores novos para a população em situação de rua em todo Estado. Na mesma ocasião Bia Dória explicitou que ‘cada morador de rua tem um problema grande e diverso’ e explicou que junto à sua equipe de assistentes sociais trabalha diariamente para ajudar estas pessoas e encaminhar cada caso para o atendimento adequado. Bia Dória tem muito respeito pelas pessoas que moram na rua.”
No entanto, trata-se de pura demagogia. A política da “primeira-dama” é a mesma da do governador “científico” – conforme apoio de uma parte da esquerda burguesa que acreditou que Dória estava salvando a população na pandemia. Quem não se lembra de Dória, quando prefeito, acordando moradores de rua com jatos d’água nas madrugadas frias paulistanas?
Não é a primeira vez que Bia Dória destila sua ojeriza aos pobres. No início de julho, ela deu uma entrevistas à socialite Val Marchiori, onde que marmitas não deveriam ser doadas a moradores de rua, pois “as pessoas gostam de ficar nas ruas” e elas “têm que se conscientizar e sair dessa situação”.
Pesquisa recente feita pela Prefeitura revela que a população de rua cresceu 53% nos últimos 4 anos, exatamente o período do PSDB sob o comando de Dória e, agora, do não menos fascista, Bruno Covas.
Ainda no vídeo, Bia e Val dizem que os moradores de rua resistem a procurar abrigos porque “não querem ter responsabilidades”. E prosseguem: “Você estava me explicando e eu fiquei passada. Eles não querem sair da rua porque em um abrigo eles têm horário para entrar, eles têm responsabilidades, limpeza, e eles não querem, né”, diz Val.
Na verdade o que diz “primeira-dama “ nada mais é do que aquilo que realmente pensam os capitalistas, o governador Dória e Bruno Covas, dois grandes inimigos da população de rua, que indefesa segue sendo oprimida pelos governos fascistas do PSDB.
Por isso é necessário, mais do que nunca, o Fora Dória e Fora Bolsonaro, os dois grandes responsáveis pela miséria e pelo descaso que assola a população de rua.