A Auditoria Cidadã revela, com os dados reais da dívida pública, a farsa que a imprensa golpista aplica para desinformar o povo. É clara a intenção de manipulação da informação para benefício da direita, e portanto contra o povo e a esquerda.
Enquanto a imprensa noticia que a dívida pública cresceu mais de 600 bilhões de reais por conta dos gastos do governo com a pandemia, eles averiguaram no próprio Banco Central os dados e trazem a informação de que o aumento da dívida se deveu principalmente pelo aumento das operações compromissadas em 434 bilhões de reais.
Esta operação se constitui na utilização da conta Única do Tesouro que dispõe de 1 trilhão de reais. Quando os bancos receberam àqueles 1,2 trilhões de reais do governo para emprestar a pessoas e empresas, eles dificultaram os empréstimos e preferiram destinar essa sobra de caixa para o Banco Central, que lhes paga os juros correspondentes por essa quantia enorme de dinheiro. E ainda podem ganhar mais por meio da Emenda Constitucional 106.
Outro dado apresentado é o aumento da dívida em 112 bilhões de reais, pela incidência de juros sobre a dívida. E ainda o aumento da dívida externa medida em reais em 64 bilhões de reais, por conta da desvalorização cambial, ou seja, porque o real passou a valer menos que o dólar.
A imprensa burguesa tenta iludir as pessoas dizendo que os grandes bancos e investidores é que estão financiando o combate à pandemia, quando na verdade eles estão lucrando muito mais ainda com a pandemia, e sem sombra de dúvida, estão lucrando com a morte da população, pobre e trabalhadora. Os bancos ficam mais ricos e o povo mais pobre e morrendo de fome e pelo vírus, pois o estado não tem política para conter a pandemia.
Com o aumento da dívida, os juros que o Estado terá que pagar será muito maior, o que significa que maior parte do dinheiro dos cidadãos, através do estado, irá para as mãos dos banqueiros e não será utilizado para benefícios sociais, como escolas, atendimento médico, creches, aposentadorias, saneamento básico e tudo o mais.
O povo precisa dar uma basta nessa onda de enriquecer ainda mais os já muito ricos, tirando de quem já não tem quase nada. Política de Robin Hood ao contrário, tira dos pobres para dar aos ricos. Temos que criar conselhos populares de bairro e de empresas, para enfrentar esse genocídio, revertendo a destinação dos recursos para utilização para os pobres. Discutir uma pauta de necessidades a serem enfrentadas de imediato, e com ações propostas pelo conselho, ir às ruas e exigir dos órgãos públicos o cumprimento dessa pauta, sob pena de rebelião social.