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Genocídio

Aldeia no Pará tem 62% da população contaminada por coronavírus

Direita prepara o extermínio dos índios para explorar as riquezas de suas terras

O Brasil é um dos países com maior taxa de transmissão do coronavírus no mundo, e isso não é diferente entre a população indígena, que, inclusive, vive em uma situação bem precária e pouco favorável para o isolamento social se comparada com o resto da população do país. Portanto, não chega a ser surpreendente o caso da aldeia indígena em que 62% da população já foi atingida pela pandemia.

A aldeia Iriri, na terra indígena Cacheira Seca, no município de Altamira, no Pará, teve 75 casos confirmados. A população total, de acordo com censo de maio, era de 121 pessoas e essa região fica a dois dias de barco da cidade mais próxima.

Estamos falando de um relatório da equipe de saúde indígena do governo federal. Logo, se consideramos o fato de que no Brasil quase não se testa para a Covid-19, fica fácil afirmar que a situação deve ser pior.

Segundo dados oficiais, ninguém morreu, apesar de um homem de 84 anos ter sido levado de helicóptero para um hospital na cidade. Lá ele foi entubado.

João Caramuru, coordenador distrital de saúde indígena de Altamira, alega que o coronavírus chegou à aldeia por meio de um grupo de cerca de 20 garimpeiros ilegais que passaram uma noite no local durante deslocamento na região.

“Os hábitos na aldeia contribuem para propagar a doença. Todos comem com a mão, pegam farinha de mandioca do mesmo saco e, muitas vezes, colocam o que não foi comido de volta”, conta João Caramuru.

Alguns especialistas também afirmam que hábitos como comer com as mãos e compartilhar alimentos podem contribuir para a propagação da doença.

Está virando moda culpar as vítimas pelo crime sofrido. Fora das áreas indígenas, nas cidades e zonas rurais deste país, a imprensa burguesa e seus especialistas esquecem do crime que vem sendo cometido pelo estado capitalista – municípios, estados e união – e estão constantemente responsabilizando a população e seus hábitos pela transmissão do vírus.

Pessoas são pessoas no mundo todo, e agem quase sempre da mesma forma. O que muda é o ambiente onde estão. Se estamos falando de uma doença altamente contagiosa, não podemos jamais esquecer que o que vale é a dinâmica da sociedade e não as escolhas pessoais. Isso significa que não dá para se esperar que possa haver algum confinamento eficaz quando não se tem condições dignas de sobrevivência, ou seja, quando não existe moradia adequada e nem renda para se ficar confinado sem trabalhar. Isso sem falar do transporte coletivo lotado e da pressão dos patrões para que os trabalhadores se arrisquem e morram para salvar seus lucros.

Isso vale para os índios também, e até mais ainda por serem um dos alvos declarados do fascista Bolsonaro desde muito tempo antes de ser presidente. Ele já disse sem pudor algum que debaixo de cada reserva indígena existe riqueza e deveria ser possível tirar proveito dela. Qualquer garimpeiro tem a capacidade de entender isso como a senha para invadir as terras dos índios. É no mínimo ridículo ignorar tudo isso e ficar culpando a forma como os índios manuseiam sua comida.

Se os nazistas decretaram a “solução final para o problema judaico”, ou seja, o extermínio de todos os judeus da Europa, a direita brasileira está fazendo o mesmo agora para resolver o problema indígena, incrementando o extermínio dessa população. Para isso seus representantes estatais deixam deliberadamente o coronavírus fazer o trabalho e fazem vistas grossas para as incursões assassinas de garimpeiros ilegais e grileiros nessas terras.

Cada dia que Bolsonaro fica no poder esse genocídio avança. A derrubada dele e de todos os golpistas que o cercam é a questão de saúde pública mais urgente no Brasil hoje.

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